“O homem disparou”: Bruno continua trabalhando para se viabilizar em Goiânia

Nos bastidores da política goianiense, leitura é que Bruno é candidato. Disto ninguém, a não ser ele que, por conveniência partidária, nega

Postado em: 26-01-2024 às 08h30
Por: Yago Sales
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Antes, assumia o papel de intermédio do governo, sendo o líder de Caiado na Casa Legislativa | Foto: Divulgação

Em uma publicação no perfil do então presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) Bruno Peixoto (UB) aparecia o governador Ronaldo Caiado (UB) com um sorriso de canto de lábio e um comentário elogioso. Afinal, Bruno, sem muitos movimentos de Caiado, conseguira dois feitos absolutamente invejáveis: o deputado mais bem votado (73.692 votos) e, numa articulação imbatível, conseguira, por unanimidade, chegar à cadeira de presidente da Alego. Antes, assumia o papel de intermédio do governo, sendo o líder de Caiado na Casa Legislativa. 

A articulação no legislativo acendeu o alerta para os propósitos que, não tardaria a se revelar, levaria Bruno Peixoto, nas últimas semanas, a um dos assuntos mais comentados nos bastidores e nas páginas de política. Ele, sem corar o rosto, fez diferentes e audaciosos movimentos rumo à candidatura, na base do governador Ronaldo Caiado, ao Paço, na expectativa de colocar o atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), no bolso. 

Filho de Sebastião Peixoto – um inigualável homem público, foi presidente do Instituto Municipal de Assistência Social, o problemático IMAS-, Tião, como é carinhosamente conhecido, também foi vereador de Goiânia. Bruno também é irmão do ex-vereador Wellington Peixoto que, filiado ao União Brasil, e com a influência cada vez mais verdejante do irmão, pode voltar a concorrer à Câmara com fortes chances de retorno. A família vive o auge do poder, mais ainda do que vivia quando o Peixoto pai era um dos nomes de confiança de Iris Rezende Machado. 

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Bruno, no entanto, com os movimentos cada vez mais intensos rumo ao projeto político-eleitoral, rumando ao Paço, causou constrangimento no Palácio das Esmeraldas. Foi por isso, dizem os que dizem entender do que se passa por lá, que fez Bruno Peixoto conceder uma entrevista “negando”, “recuando”, “adiando”, “despistando”, não se sabe qual termo utilizar, sua pré-candidatura, até que o governador, e a sua base, defina-o como o candidato. 

Mesmo assim, aparando algumas arestas, inclusive com uma viagem do presidente da Alego a São Paulo, onde estava o governador se recuperando de um procedimento médico, Bruno não parece nem um pouco disposto a largar mão de ir às ruas com o propósito de assumir ao Paço Municipal. 

Comenta-se que, com a dificuldade de o Rogério Cruz de avançar – dizem pesquisas – no gosto popular, ele, contudo, não deve perder a oportunidade de ouro. Bruno, de fato, não perde uma chance de aparecer. Foi assim quando surgiu em uma transmissão do Goianão, onde comentou esporte, falou de si e, claro, fez a média num espaço onde é importante para qualquer homem público. Ou quando promoveu evento com o Jiraya Uai, um case de sucesso atual da música eletrofunk. Sim, o rapaz tatuado, de bigode, óculos juliet, chapéu e orelhas alargadas. O fato é: Bruno é candidato. Disto ninguém, a não ser ele que, por conveniência partidária, nega. 

Um assessor do alto escalão de Bruno, inclusive, postou em uma rede social nesta quinta-feira (25) uma imagem que mostra uma pesquisa favorável ao chefe. Uma música ao fundo dá o tom que percorre não apenas o ambiente virtual, mas também pela Alego: “O homem disparou, disparou, disparou; ele é querido, atencioso, trouxe liberdade para o povo…”

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