Grupo de Romário vai trabalhar pela manutenção da presidência da Câmara

Aliado de Policarpo, o ex-vereador Wellington Peixoto deve disputar a eleição e buscar a presidência em 2025

Postado em: 03-02-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Grupo de Romário vai trabalhar pela manutenção da presidência da Câmara
Entretanto, com o recuo de Bruno – que, segundo aliados, é estratégico e ele ainda trabalha pela pré-candidatura –, Wellington pode entrar no páreo | Foto: Reprodução

Caso o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil), mantenha o recuo para a disputa ao Paço de Goiânia, o irmão dele, Wellington Peixoto (União Brasil), entrará na corrida pela Câmara Municipal. O intuito do ex-vereador, que é do grupo do presidente do parlamento goianiense, Romário Policarpo (PRD), é buscar a presidência da Casa. 

Wellington já havia dito, anteriormente, que não disputaria cadeira na Câmara caso Bruno entrasse na concorrência pelo Paço da capital. Para ele, os dois irmãos disputando espaços de poder não seria adequado.

Entretanto, com o recuo de Bruno – que, segundo aliados, é estratégico e ele ainda trabalha pela pré-candidatura –, Wellington pode entrar no páreo. “A minha intenção sempre foi disputar e buscar a presidência. Mas ainda é muito cedo para falar isso. É preciso ganhar a eleição primeiro, ver a composição, ver quem vai ser o prefeito, é uma análise. Mas vontade e pretensão, sim”, revela ao Jornal O Hoje.

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Wellington e Policarpo são próximos. Caso os planos de Peixoto se realizem, é uma forma de manter a mesa diretora no comando do mesmo grupo. Romário está em terceiro mandato e, com entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) – que estabeleceu um início para a regra de uma reeleição vigorar –, ele ainda poderia disputar novamente. 

Contudo, não é o que deve acontecer. “Ele [Policarpo] mesmo falou que eu teria que tentar, para fortalecer o nosso grupo. Mas é muito cedo pra falar de nome. A gente precisa ver a composição, quem vai ser reeleito, quem vai ganhar e depois discutir”, reforça Wellington. Segundo ele, dos 37 que serão eleitos este ano, “os 37 vão querer ser presidente” – em 2025, haverá aumento de duas cadeiras na Câmara de Goiânia por causa do Censo 2022.

Wellington, vale lembrar, foi vereador entre 2017 e 2020 em Goiânia. Além disso, foi líder do então prefeito Iris Rezende (MDB) na Casa.

Recuo de Bruno 

No último dia 17, o cenário político goianiense foi tomado pelo comentário de que o presidente da Assembleia teria desistido de seu projeto rumo às eleições municipais de 2024. Bruno Peixoto, que buscava se viabilizar como o nome da base caiadista na disputa do ano que vem, em entrevista à imprensa local disse que resolveu “adiar o sonho”. 

Na contramão disso, interlocutores do presidente da Alego disseram, em off, que tal recuo foi “estratégico”. A iniciativa busca, segundo as fontes consultadas, “baixar a poeira” em meio à base do governador. Como já mostrado pelo O Hoje, as costuras de Peixoto foram interpretadas por algumas figuras do alto escalão governista como uma espécie de “atropelo” às articulações de Caiado. 

Também não foi bem recebida no meio caiadista os convites a Bruno por outros partidos para disputar a eleição, como o PRD, do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo; o PP, do presidente da Agehab, Alexandre Baldy; e o Avante, do vereador Thialu Guiotti. Para o Delegado Waldir, vice-presidente do União Brasil, “não podemos que aliados do atual prefeito [de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos], que fazem parte da base dele, queiram decidir pelo União Brasil e demais partidos da base”.

Ainda de acordo com o vice-presidente da legenda de Bruno, é o governador Ronaldo Caiado que irá comandar a articulação pela definição do nome em Goiânia. “Junto com os presidentes dos partidos da nossa base. Não tem nenhuma conversa individualizada. Temos que esperar o governador.” O Chefe do Executivo estadual preside o União Brasil em Goiás. 

Nos bastidores, as conversas seguem como se Bruno fosse pré-candidato. Apesar de não falar, o presidente da Assembleia também dá sinais.

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