Com apoio amplo da esquerda, Accorsi é oficializada pré-candidata

Movimento para disputar a Prefeitura de Goiânia aglutina PV, PSOL e Rede em reedição local da frente ampla do presidente Lula

Postado em: 05-02-2024 às 11h50
Por: Gabriel Neves Matos
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Movimento para disputar a Prefeitura de Goiânia aglutina PV, PSOL e Rede em reedição local da frente ampla do presidente Lula | Foto: Divulgação/ Whidiney Corado

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores realizou o lançamento da pré-candidatura da deputada federal Delegada Adriana Accorsi à Prefeitura de Goiânia na manhã de sábado (3) em um hotel no centro da Capital goiana. O evento, antecipado pelo jornal O HOJE, também promoveu o movimento “Somar por Goiânia”, que conta com ao menos três partidos à esquerda — PV, Rede Sustentabilidade e PSOL — que decidiram apoiar a petista na disputa pelo Paço Municipal.

Em discurso, Accorsi destacou a necessidade de ampliar a frente política com partidos de centro e de direita. Ao falar sobre o nome do movimento, a pré-candidata justificou que ele se chama “Somar por Goiânia” porque “vai muito além do PT”, reforçando o lema da frente ampla na Capital goiana que deve reeditar os passos dados por Luiz Inácio Lula da Silva na campanha ao Palácio do Planalto em 2022, e que teve como principal característica a aglutinação de diversos segmentos políticos e econômicos para fortalecer a candidatura do petista contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Presente no evento, o secretário nacional de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto, salientou que o PT quer a aliança com o PSD do senador Vanderlan Cardoso não somente para eleição da petista em Goiânia, mas para tê-lo como candidato ao governo do Estado, em 2026, com apoio do presidente Lula.

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O ex-presidente do Cidadania Gilvane Felipe, que agora trabalha na frente progressista, avaliou que o momento político é propício para a união das forças que defendem a democracia em torno de uma pré-candidatura como a de Accorsi. 

A presidente municipal do PSOL, Manu Jacob, disse que além de combater o bolsonarismo, a frente formada por progressistas e democratas tem como escopo fazer gestão de governo voltada para pessoas mais simples. “Adriana mostra que tem condições de vencer e fazer um governo com participação popular”, disse ela.

Esta será a primeira vez que o PSOL não terá candidato à prefeitura de Goiânia desde 2006. O apoio à Accorsi também deve ter a participação efetiva do partido na elaboração do Plano de Governo e na construção da pré-campanha da petista para a Capital. De acordo com a presidente estadual do PSOL, Cíntia Dias, a sigla ajudará o PT na construção de políticas socioeconômicas, para mulheres e de diversidade. 

O presidente da Rede Sustentabilidade, Alexandre França, confirmou apoio a Accorsi. Tanto ele, quanto dirigentes do PV e PSOL demonstraram entendimento que o movimento “Somar por Goiânia” é o que, hoje, reúne as melhores condições para uma frente ampla de partidos e pessoas que podem fazer mais pela Capital. 

Além destes representantes, compareceram ao evento, ainda, dirigentes do novo PTB e também do PDT — legenda que se diz insatisfeita com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) a Jânio Darrot (MDB) para a Prefeitura de Goiânia. Sobre o enfrentamento com a base do chefe do Executivo estadual, a vereadora Kátia Maria, presidente estadual do PT, disse que “cada eleição é uma eleição”. 

“Reconheço a força que o governador tem, e com toda certeza ele tem uma influência em Goiânia. Mas o tempo e a eleição vão dizer se é do ponto de vista de começar do zero e ignorar todos os nomes da base e ir construindo um nome que nem de Goiânia está no domicílio eleitoral”, declarou em entrevista coletiva. 

“No nível que chegamos, qualquer pessoa que tem consciência e visão política e democrática, precisa colocar a democracia no centro da pauta. A extrema-direita ainda está enraizada em muitos lugares, inclusive nos municípios”, afirmou a vereadora. “Precisamos construir uma chapa e uma gestão que dialogue com a cidade.”

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