Pré-candidaturas ao comando da Câmara surgem, mas PT só discute após eleições

Deputado federal pela legenda, Rubens Otoni diz que partido buscará um nome sintonizado com o projeto político, mas não necessariamente um filiado

Postado em: 16-02-2024 às 09h30
Por: Francisco Costa
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O foco do partido, no momento, é trabalhar os prefeitos, vices e chapas de vereadores pelo País | Foto: Reprodução

O mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), termina no começo de 2025. Apesar da distância, a disputa já esquenta, com pré-candidatos colocados. O PT, contudo, só deve entrar na pauta após as eleições municipais. 

Quem revela é o deputado federal goiano da legenda, Rubens Otoni. “Este assunto ainda não está na nossa pauta. Mas após as eleições municipais, no final do ano, certamente estará presente.”

O foco do partido, no momento, é trabalhar os prefeitos, vices e chapas de vereadores pelo País. Em Goiás, Goiânia e Anápolis devem ter postulantes ao Paço: a deputada federal Adriana Accorsi e o deputado estadual Antônio Gomide, respectivamente. 

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Mas de volta à presidência da Câmara, Otoni explica que o PT vai buscar alguém alinhado com o governo federal, uma vez que o País é gerido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É natural que busquemos um nome sintonizado com o nosso projeto político, não necessariamente tem que ser do PT.”

Atualmente, alguns nomes já estão colocados – o que pode mudar, claro. A oposição deve ter o líder do PL na disputa, o deputado federal Altinêu Cortes (PL-RJ). Outros pré-candidatos seriam Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e  o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP). 

O MDB ainda não definiu nome, mas também deve entrar na disputa. O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (AL), confirmou a pretensão à CNN Brasil. “Sem dúvida nenhuma, o MDB vai trabalhar para ter candidato, vai colocar nome e estará na mesa para discutir com os demais partidos. O resultado sairá de uma ampla discussão”, disse ele, que é cotado. 

Rubens Otoni, como mencionado, pontuou que o PT pode apoiar um nome alinhado, mesmo fora do partido. Ele não indicou qual seria, mas o MDB e o União Brasil estão na base governista, enquanto o Republicanos flerta.

O MDB, por exemplo, ocupa três ministérios na Esplanada (Planejamento, Transportes e Cidades). Da mesma forma, o União Brasil (Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional). Já o Republicanos, ocupa a pasta de Portos e Aeroportos. “Ainda é cedo para avaliar. Vai depender da capacidade de articulação política de cada liderança e/ou partido.”

Aliado

Arthur Lira está em segundo mandato – a reeleição, inclusive, contou com o apoio do PT. Nos bastidores é dito que o deputado quer um aliado no comando da Casa para manter a influência na Câmara – o intuito de manter o protagonismo, entre outras coisas, é alçar o Senado, em 2026. 

O parlamentar mantém uma relação diplomática, mas às vezes complicada com o governo Lula. A informação divulgada pela Veja, no começo deste mês, sugere que Lira quer o apoio do presidente para fazer o sucessor. 

Publicamente, o alagoano não tem tratado do assunto. Ele já sugeriu, contudo, que os três nomes tidos como sucessores evitem holofotes. Os já citados Marcos Pereira e Elmar Nascimento, mas também Antônio Brito (PSD-BA).

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