Líder da extrema-direita de Portugal proíbe Lula de entrar no país: ‘vai para uma cadeia’

André Ventura, líder do partido Chega, afirmou que, se vier a tornar-se primeiro-ministro, vetará a participação de brasileiros nas celebrações do 50º aniversário da Revolução dos Cravos, que acontece no final de abril

Postado em: 07-03-2024 às 17h23
Por: Isadora Miranda
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André Ventura, líder do partido Chega, afirmou que, se vier a tornar-se primeiro-ministro, vetará a participação de brasileiros nas celebrações do 50º aniversário da Revolução dos Cravos, que acontece no final de abril | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na reta final das eleições em Portugal, o líder do partido de ultradireita Chega, André Ventura, fez declarações polêmicas durante comícios eleitorais. Ventura afirmou que, se eleito primeiro-ministro, proibirá a entrada do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no país para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em 25 de abril. Além disso, ameaçou prender Lula caso insista na visita, recebendo aplausos dos presentes.

“Se o Chega vencer as eleições legislativas, a 25 de abril de 2024, o senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai entrar em Portugal”, declarou Ventura. Ele também provocou Lula, mencionando sua prisão anterior, e afirmou que “corruptos já temos cá muitos, não precisamos que venham mais de fora”.

Ventura ainda expressou o desejo de limitar a entrada do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em Portugal, sugerindo que ele só será permitido entrar quando necessário. Em 2023, durante a visita oficial de Lula a Portugal, o Chega organizou um protesto em frente ao Parlamento luso contra sua presença, chegando a interromper o discurso do presidente brasileiro com barulhos e batidas nas mesas.

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Apesar do tom assertivo de Ventura, as pesquisas de intenção de voto indicam que suas chances de se tornar primeiro-ministro são limitadas, com o Partido Socialista e a coalizão liderada pelo PSD disputando a liderança. No entanto, o Chega deve sair fortalecido das eleições, consolidando sua posição como a terceira força política no Parlamento português. Isso pode complicar a formação do próximo governo, já que o líder do PSD declarou que não pretende incluir o Chega nas negociações para o Executivo, embora uma votação expressiva possa mudar essa perspectiva.


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