Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Vereadores divergem sobre data de eleição

Projeto de Lei quer alterar data de eleição da mesa diretora. Justificativa é de que os suplentes dos vereadores eleitos possam votar

Postado em: 03-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Projeto de Lei quer alterar data de eleição da mesa diretora. Justificativa é de que os suplentes dos vereadores eleitos possam votar

Carlin Café apresentou projeto de lei para adiar a votação da nova Mesa Diretora para janeiro

Venceslau Pimentel*

Vereadores eleitos em 7 de outubro, para a Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado da República vão comprar briga com o colega Carlin Café (PPS), que quer tirá-los do processo de escolha da nova mesa diretora da Câmara de Goiânia.

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Na semana passada, Café apresentou projeto de resolução que altera o regimento interno, com o objetivo de protelar para 1º de fevereiro de 2019 a eleição para a escolha da nova Mesa Diretora. Pelo Regimento, a eleição terá de ser no dia 27 de dezembro, na última sessão ordinária do ano, e a posse do novo presidente em 1º de janeiro.

O autor da proposta defende a prorrogação, com a justificativa de que os cinco suplentes possam participar da votação. São eles: Alfredo Bambu, que vai ocupar a vaga de Jorge Kajuru (PRP), eleito para o Senado; Denício Trindade, na vaga de Alysson Lima, eleito deputado estadual; Dr Gean, no lugar de Elias Vaz (PSB), eleito deputado federal; Álvaro do Universo, na cadeira do delegado Eduardo Prado, deputado estadual), e Divino Rodrigues na vaga de Vinícius Cerqueira.

“Não é justo que os eleitos para deputado ou senador influenciam e decidam o destino da Casa pelos próximos dois anos. Justiça é permitir que os suplentes participem da escolha da Mesa e que sejam os protagonistas desse processo”, defende Carlin Café. “Os que vão assumir em 1º de fevereiro é que devem escolher o presidente, bem como os integrantes das Comissões Técnicas da Câmara. Essa prática é seguida pelo Congresso Nacional”, pontuou.

O primeiro a reagir contra o que considera como manobra de Carlin Café foi o vereador Vinícius Cirqueira (PROS), que assumirá cadeira na Assembleia Legislativa. Ele apresentou  um projeto de resolução que altera o Regimento Interno da Casa em que a eleição seja realizada em 1º de dezembro deste ano. De pronto, a proposta foi subscrita por 16 vereadores. Ao mesmo tempo, Cerqueira propõe a criação de uma Comissão Especial de Transição, composta por membros da Mesa atual os da Mesa eleita, que permitirá o compartilhamento de informações entre o ex e o futuro presidente da Casa, “para dar conhecimento ao novo presidente dos contratos, andamentos dos projetos e outras iniciativas administrativas do antigo comando do Poder Legislativo”.

Eleito deputado estadual, Alysson Lima (PRB) se posicionou contra a mudança do regimento. “Acho que essa proposta poderia ser feita no final da atual legislatura. Mudar isso agora é um sério risco jurídico”, alerta.

Os vereadores eleitos para outros cargos eletivos prometeram se posicionar sobre o assunto. Tanto a proposta de Carlin Café quanto a de Vinícius Cirqueira vão ser encaminhadas ao presidente da Câmara, Andrey Azeredo, MDB, pela Procuradoria Geral da Casa e, posteriormente à Comissão Mista. (*Especial para O Hoje)

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