Bolsonaro defende aprovação da idade mínima para aposentadoria

Presidente eleitor prevê “majorar” em determinas carreiras que serão especificadas

Postado em: 05-11-2018 às 18h10
Por: Lucas de Godoi
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Presidente eleitor prevê “majorar” em determinas carreiras que serão especificadas

(Foto: Tomaz Silva/Ag. Brasil)

Da Redação

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu nesta
segunda-feira (5/11) que seja aprovado ainda este ano algum passo,
“por menor que seja”, na Reforma da Previdência. Ele propõe a fixação
da idade mínima para 61 anos para os homens e 56 para mulheres. O presidente
prevê “majorar” em determinas carreiras que serão especificadas. A intenção é
aprovar as mudanças ainda este ano.

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“Um grande passo, no meu entender, se este ano for possível,
vamos passar para 61 anos [a idade mínima] o serviço público para o homem, 56
para a mulher, e majorar também o ano nas demais carreiras. Acredito que seja
um bom começo para entrar no ano que vem já tendo algo de concreto para nos
ajudar na economia”, disse o presidente eleito em entrevista à TV
Aparecida.

Segundo Bolsonaro, não se pode generalizar a fixação da
idade mínima de 65 anos porque certas atividades são incompatíveis com a
aposentadoria até mesmo aos 60. O presidente eleito usou como exemplo os
policiais militares do Rio de Janeiro. “Não é justo colocar lá em
cima [a idade mínima].”

No projeto que está na comissão especial da Câmara dos
Deputados, a idade mínima é de 65 anos para homens e 62 para mulheres. A
proposta já foi aprovada na comissão especial, ainda tem de passar por outras
instâncias na Casa.

Prioridades

Bolsonaro reiterou que o tema está entre as prioridades para
o governo eleito. “Não adianta ter uma boa proposta previdenciária,
se ela não vai passar na Câmara e no Senado. Queremos dar um passo, por menor
que seja, mas dar um passo na Reforma da Previdência, que é necessário.”

Para o presidente eleito, é necessário eliminar as
incorporações de cargos de comissão aos salários de servidores que desempenham
essas funções por algum tempo.

Fusão de ministérios

Na entrevista, Bolsonaro indicou que deve manter em pastas
distintas Meio Ambiente e Agricultura, não deu sinalizações de fusão das duas
áreas. “Vários ruralistas estão achando que não é o caso a fusão, mas vou
deixar bem claro que não vai haver diferença.”

O presidente eleito reiterou que a nomeação dos ministros
será feita somente por ele. “Quem vai nomear o ministro do Meio Ambiente vai
ser eu, e não vão ser essas pessoas que tivemos até o momento transitando por
lá, prestando um desserviço ao meio ambiente e um desserviço ao homem do
campo.”

Aborto

Questionado sobre ampliar, na legislação, as possibilidades
de autorização para o aborto legal, Bolsonaro disse que sua prioridade é manter
como está. “O compromisso que tenho é não deixar ampliar o aborto em
hipótese alguma”, disse ele.

O presidente eleito diz que é contra o aborto, mas há
situações extremas em que é necessário reavaliar a posição. “Eu sou contra
o aborto, mas a questão do risco de morte para a mãe é uma questão que fica
difícil. Se não abortar uma gravidez tubária, a mãe vai morrer. Qual é a
solução? É deixar a acontecer? Peço a Deus que me ilumine para tomar uma
decisão no tocante a isso, caso essa questão volte a ser discutida no plenário
da Câmara e do Senado”.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro disse ser a favor
do acolhimento dos venezuelanos que chegam ao Brasil como refugiados, mas disse
que é preciso combinar essa recepção com medidas contra o governo da
Venezuela. 

“Vamos reconhecer a situação da Venezuela. Eles estão
fugindo da ditadura, da fome e da violência, mas o Governo Federal tem que
tomar medidas contra o Governo Maduro. E não apenas acolher e deixar que se
resolva as coisas naturalmente”. (Agência Brasil)

 

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