Prefeito de Planaltina de Goiás é preso por fraudes em licitações

Pastor André é acusado de desvio de recurso público, fraude em contratações de empresas superfaturamento de obras

Postado em: 07-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pastor André é acusado de desvio de recurso público, fraude em contratações de empresas superfaturamento de obras

Rafael Oliveira*

O prefeito de Planaltina de Goiás, Pastor André (PRB), foi preso na manhã de ontem em uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), através da Operação Mãos à Obra. O chefe do Executivo municipal é suspeito de fraude em licitações e desvio de dinheiro na obra de reforma da Câmara de Vereadores. Além dele, servidores públicos e empresários também foram presos.

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André Luiz Magalhães era presidente da Câmara Municipal na época em que obras estavam em andamento. Em 2017, ele assumiu interinamente a prefeitura da cidade do Entorno do Distrito Federal após a Justiça cassar o prefeito e a vice por compra de votos e abuso de poder econômico. Segundo o MP, o prefeito teria fraudado contratações de empresas e superfaturado obras, além de ter desviado recursos do erário público.

Em nota oficial, a Prefeitura de Planaltina afirmou que os trabalhos junto ao Ministério Público ocasionaram uma “situação adversa” com a detenção temporária do prefeito em exercício e alguns funcionários, mas disse que os trabalhos seguem normalmente. O Executivo municipal disse que ainda aguarda informações junto ao poder judiciário.

Foram cumpridos oito mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. A operação aconteceu também em Goiânia, Formosa e Guará, cidade-satélite do Distrito Federal.

“A operação apura irregularidades nas reformas feitas na Câmara de Vereadores de Planaltina. Eles [presos] fizeram várias contratações por meio do então presidente da Câmara e essas contratações foram todas fraudulentas. As obras foram superfaturadas e houve desvio de dinheiro público”, disse o promotor do MP-GO, Rafael Simonetti.

O Ministério Público não informou a identidade dos demais envolvidos, mas disse que são servidores da Câmara de Vereadores e empresários.

A operação foi coordenada pelo promotor Simonetti, da 4ª Promotoria de Planaltina de Goiás, em parceria com o Centro de Inteligência do MPGO, e com a participação de 15 promotores de Justiça, e apoio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do DF e da Polícia Civil, com a atuação de nove delegados e 37 agentes, e da Polícia Militar. (*Especial para O Hoje)

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