Glaustin da Fokus (PSC) pretende se debruçar sobre as reformas

Lucas de Godoi Rafael Oliveira*Continua após a publicidade O recém-eleito deputado federal Glaustin da Fokus (PSC) pretende se debruçar sobre as reformas

Postado em: 07-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Lucas de Godoi

Rafael Oliveira*

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O recém-eleito deputado federal Glaustin da Fokus (PSC) pretende se debruçar sobre as reformas Tributária e da Previdência na legislatura do Congresso Nacional a ser assumida no ano que vem. Para o empresário do ramo de alimentos e transportes, a campanha eleitoral foi uma experiência positiva, já que ele obteve mais de 100 mil votos sem nenhum contato com a política anteriormente. 

Apesar de trabalhar nas áreas de transportes e alimentos, Glaustin afirma que sua atuação se estenderá a todo o povo goiano e brasileiro. A principal bandeira a ser defendida é a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. 

Quanto a transição de governo de seu aliado Ronaldo Caiado, nenhum nome está definido para compor o futuro secretariado, já que a escolha virá após o conhecimento real das contas e dívidas do Estado que, segundo ele, não são boas. 

O senhor não é um político profissional e foi eleito com mais de 100 mil votos na primeira campanha. Como foi a campanha eleitoral?

Foi um desafio para nós muito grande quando decidi me colocar à disposição. Sabíamos que seria um desafio grande e até por causa da descrença dos eleitores em relação À política. Então o nosso mote de campanha foi o fato de nunca ter sido político, minha experiência e traquejo político é zero, e me colocar a disposição para servir ao Brasil e Goiás com boas práticas que atuo em minhas operações. 

Qual será sua plataforma de trabalho para  o setor de transportes? Área em que o senhor atua e conhece bem. 

Eu sou de um setor de alimentos e atuo como atacado distribuidor em seis estados. Além dela, tenho uma pequena indústria na área de alimentos. Então não significa que minhas atuações serão exclusivas para essas áreas. O que segmento que eu represento gera 150 mil empregos diretos e movimentou a economia de Goiás de forma intensa no ano passado.

Qual caminho o senhor percorreu até chegar na candidatura?

Eu fui convidado pelo senador Ronaldo Caiado há cinco meses atrás para dar uma oxigenada na política. Minha experiência é na iniciativa privada e talvez poderia ajudar ele no desenho político. Sempre informei aos eleitores que eu não era um político nato, mas um empresário e um pastor evangélico e com muita vontade de ajudar o Estado a ser melhor a cada dia mais. Foi uma experiência muito grande na campanha. Eu saí de um anonimato e coloquei meu nome nos quatro cantos do Estado e acabou dando certo. Tive votação em 245 municípios, faltou apenas a cidade de Nova Aurora. 

O senhor acredita ter herdado votos de Ronaldo Caiado?

Não acredito ter herdado votação dele porque ele é de um segmento muito diferente do meu. Mas o tive como âncora, ele me deu muitos conselhos e me ajudou muito na campanha, afinal ele já passou por isso e está há 30 anos na vida pública. 

Como pretende atuar em Brasília?

Eu começo a trabalhar em fevereiro como deputado federal. Estive por três vezes em Brasília para conhecer o ambiente político da Câmara dos Deputados. Precisava conhecer como funciona a Casa porque minha primeira experiência foi 99% política eleitoral. Agora, em Brasília existe a parte política e técnica. Estou buscando as pessoas que tem capacidade técnica para ajudar na captação de recursos para Goiás.  Vou conhecer com quem vou andar na Câmara e por isso estive em três reuniões com o presidente nacional do meu partido, o PSC. 

O senhor chega no Congresso em um momento delicado de votação das reformas paradas. Nesse sentido, já tem buscado informações sobre essas reformas para tomar uma postura quando for votá-las? 

Existem duas reformas que julgo necessárias neste momento, a Tributária e a da Previdência. A maior vontade do presidente eleito era colocar tudo isso em pauta para ficar livre das emoções dessa votação no ano que vem. Acredito que a bancada, tanto com os novos eleitos quanto os que foram reeleitos, querem participar da discussão. Então deve ficar para o ano que vem. A reforma tributária é extremamente urgente de se fazer e falo como empresário. Quando se vende um pacote de um produto qualquer, a carga de impostos estaduais e federais é muito alta. Isso acaba agregando menos dinheiro para o consumidor. Hoje temos quase 85 impostos ao total e vamos tentar trazer para um só. Não significa que a intenção do Congresso é reduzir imposto, mas simplificar a vida do contribuinte e do Estado.

Dá para mexer nos tributos dos combustíveis?

Deveria mexer com urgência. É um absurdo o preço que pagamos por litro de gasolina. A sociedade como um todo precisa se mobilizar, senão um dia alguém vai chegar num posto de gasolina e pedir para colocar meio litro. Olha ao ponto que chegamos, pessoas com carro na garagem e não conseguem se mobilizar. A reforma Tributária passa por isso também. Nós levamos combustível para o exterior com preço inferior e compramos de volta no preço altíssimo e passamos por esse sofrimento. 

Nesse momento de transição de governo, como avalia o estado do governo que seu aliado Ronaldo Caiado deve assumir?

É lamentável para o próximo governador pegar um Estado nessas condições, onde não tem dinheiro para pagar a folha de pagamento. Vejo o Caiado muito preocupado achando que ia pegar um governo de uma forma e hoje não tem dinheiro para pagar o fornecedor que aluga carro para a Polícia Militar. Então existe uma preocupação muito grande. Precisamos ter um pouco de paciência quando Caiado assumir o governo. É uma consultoria que o governador eleito está fazendo para analisar todo o dinheiro que temos que gerir. Nenhum administrador consegue gerir nada com uma faca no pescoço. Ele está com vontade de acertar e ainda tem uma preocupação com o nome dele. Já tem gente entregando lista de demandas ao futuro governador e vi um grupo de empresários criticando as pessoas que ele escolheu para trabalhar. Eu disse que nenhum empresário aceita outra pessoa metendo o dedo na sua equipe, por isso digo para deixar o governador eleito trabalhar.   (*Especial para O Hoje) 

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