MDB aposta em chapa pesada com média de 3,5 nas eleições 2024

Objetivo da legenda é ocupar um terço da Câmara Municipal a partir de 2025

Postado em: 27-03-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Neste ano, serão eleitos 37 nomes para ocupar as cadeiras da Câmara, dois a mais que em 2020 | Foto: Reprodução

O MDB pretende montar uma chapa, em Goiânia, com pré-candidatos a vereadores capazes de ter a partir de 3,5 mil votos. A meta alta faz parte do plano ambicioso do partido de ocupar cerca de um terço da Câmara Municipal.

Segundo o presidente metropolitano do partido, Agenor Mariano, o objetivo é eleger 12 vereadores. Neste ano, serão eleitos 37 nomes para ocupar as cadeiras da Câmara, dois a mais que em 2020.

“Estamos trabalhando para isso. Candidatos com capacidade alta. A somatória [dos votos] vai contribuir para o quociente eleitoral e as sobras. Será uma chapa AA”, garante Agenor.

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Ele lembra que muitos partidos têm colocado como teto nomes com até 2 mil votos. O MDB vai na direção contrária, pois teria pré-candidatos de peso, lembra o presidente metropolitano.

Nomes como o do decano da Casa, o vereador Anselmo Pereira, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Henrique Alves, e outros. Recentemente, o partido também filiou Bill Guerra, que esteve na Câmara e deve retornar após a cassação de alguns parlamentares, e a vereadora Luciula do Recanto.

Agenor diz que mais nomes de peso têm se filiado ao partido. Contudo, ele prefere divulgar aos poucos, por estratégia partidária. E essa seleção é que alimenta a expectativa de eleger o dobro de vereadores que ascenderam ao cargo em 2020. “Pode gerar participação expressiva na Câmara”, avalia a chapa em construção. “Mas só vou poder dizer com mais precisão quando fechar a janela partidária [quando pode ocorrer a mudança de partido].”

Quociente eleitoral

Vale lembrar, a cadeira da Câmara de Goiânia “custou” cerca de 16,8 mil votos em 2020. Isso porque foram mais de 590 mil votos válidos para vereadores, naquele ano. Recentemente, o advogado eleitoral Cleone Meirelles explicou o quociente eleitoral ao Jornal O Hoje.

“O quociente eleitoral, nada mais é do que pegar o número de votos válidos da eleição dentre de um município e dividir pelo número de lugares a preencher, ou seja, a quantidade de vereadores. Feita essa divisão, se encontra o quociente eleitoral.”

De acordo com ele, para verificar quais partidos e quantas cadeiras cada um irá ocupar, é preciso verificar o quociente partidário. “Pego o quociente eleitoral e divido pelo número de votos recebidos pelo partido ou federação. Assumem os mais votados dentro da legenda ou federação, conforme o número de cadeiras alcançadas”, esclarece.

Em relação às sobras, ele diz que é preciso dividir o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido. Assim, se uma sigla conseguir três cadeiras, soma-se mais um para dificultar a quarta vaga, e a próxima legenda que alcançar maior média vai preencher a cadeira remanescente. A sequência continua até atingir todas as sobras.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que todas as legendas podem participar da sobra, independente de terem alcançado a cláusula de desempenho. A regra, contudo, não foi retroativa a 2022, valendo a partir deste pleito.

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