Jair Bolsonaro (PSL) quer abrir “caixa preta” do BNDES

Presidente eleito quer abrir os sigilos do banco tão logo assuma o governo

Postado em: 09-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente eleito quer abrir os sigilos do banco tão logo assuma o governo

Bolsonaro disse que abrir os sigilos do banco é um antigo anseio da população brasileira

O presidente eleito Jair Bolsonaro reiterou ontem a determinação de abrir os sigilos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tão logo assuma o governo em janeiro. Nas redes sociais, ele usou a expressão “abrir a caixa-preta”, que, segundo o presidente eleito, é um “anseio” dos brasileiros.

“Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que esse é um anseio de todos”, escreveu Bolsonaro, no Twitter.

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Ontem (7), o presidente eleito afirmou que essa é uma prioridade para ele. “Vamos abrir todos os sigilos do BNDES, sem exceção. É o dinheiro do povo e nós temos que saber onde está sendo usado.”

O BNDES foi alvo de investigações da Polícia Federal, que indiciou os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci, o ex-presidente da instituição Luciano Coutinho, além do empresário Joesley Batista, da JBS, por suspeitas de operações ilícitas.

Transição civilizada

O presidente Michel Temer ontem que, apesar de seu governo ter sido “bombardeado”, vai conseguir concluir o mandato e transmitir informações detalhadas para o sucessor. Temer disse que está fazendo uma “transição civilizada e determinada” da sua gestão para a do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

“Estamos fazendo uma transição civilizada e determinada. Temos dois meses para cumprir essa transição”, afirmou Temer durante a abertura do Salão do Automóvel, em São Paulo.

Ontem (7) Temer e Bolsonaro se reuniram em Brasília para selar formalmente o início do governo de transição. Equipes da atual gestão e da que assumirá em 2019 participam de reuniões contínuas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Durante o encontro, Bolsonaro recebeu um livro, no qual estão o balanço das ações realizadas pela gestão Temer, em dois anos e meio, e as ações programadas. Também recebeu a chave simbólica do gabinete de transição.

O presidente afirmou que está fazendo com Bolsonaro o que gostaria que tivesse ocorrido com ele ao assumir o governo. “Quando chegamos ao governo não encontramos ninguém, começamos do zero. Mas vamos superar essas dificuldades.” Segundo ele, informações contidas nos computadores estavam apagadas.

Balanço

Temer disse que foi “bombardeado” pela “natural atividade oposicionista” e por “tramas que se verificaram para inviabilizar e até derrubar o governo”. “Mas cumprimos o mandato”, completou.

O presidente fez um balanço das suas ações, destacando o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e a redução da inflação. (Agência Brasil)

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