Em ato com Jorginho Mello, Bolsonaro expulsa aliados de palanque
Ex-presidente alega que local não era comício político; desentendimento surge após conflito com capacidade do palco
Por: Isadora Miranda
Durante sua agenda em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, neste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro protagonizou uma cena de irritação ao expulsar aliados que estavam em seu palanque. O motivo do desentendimento remonta a um desejo não atendido pelo ex-mandatário. “Vamos descer todo mundo aqui. Quem é candidato a qualquer coisa aí, desce. Não é comício político”, disse ele.
Segundo informações divulgadas pela Revista Veja, Bolsonaro teria solicitado que duzentos prefeitos catarinenses fossem levados ao palco do evento. Contudo, foi informado que a estrutura só suportaria 130 pessoas, conforme indicação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A situação gerou um clima de tensão durante a agenda, mas ao longo do evento, Bolsonaro e o senador Jorginho Mello trocaram afagos. O ex-presidente elogiou Mello, referindo-se a ele como o “melhor gestor estadual da região Sul” e “quiçá do Brasil”.
No entanto, a presença de outro aliado no palanque, o senador Seif, acabou por reforçar uma situação já delicada. Seif terá um pedido de cassação analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira, em decorrência de uma ação movida pela coligação estadual “Bora Trabalhar”, composta pelo Patriota, PSD e União Brasil. A ação alega que o senador teria utilizado, durante a campanha de 2022, cinco aeronaves da loja Havan, não prestando contas à Justiça Eleitoral.
Dessa forma, o evento que tinha como propósito ser uma agenda pública de Bolsonaro acabou sendo marcado por polêmicas e desentendimentos, gerando debates sobre a postura do ex-presidente e suas relações políticas em Santa Catarina.
