Após denunciar filho de Lula, ex-companheira diz que presidente não ‘tem nada a ver’ com acusações

Natália Schincariol, médica de 28 anos, registrou um boletim de ocorrência contra Luís Cláudio Lula da Silva, filho do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de violência física, verbal, psicológica e moral. Em uma entrevista ao jornal O GLOBO, Natália destacou que as ações de Luís Cláudio não têm relação com seu pai, o presidente, e lamentou ter sido alvo de agressões e ameaças.

“(Luís Cláudio) Tentou usar o pai para me silenciar e agora tenta usar o pai para ser protegido, pedindo ajuda dos petistas para acobertar o que ele fez. Eu não namorei o Lula. Eu namorei ele (Luís Cláudio). O Lula não me fez nada de ruim. Não adianta querer usar o pai para limpar a barra dele. Ninguém apoia violência psicológica e moral: nem direita nem esquerda. Acho que seria mais nobre ele só pedir desculpas e parar”, afirmou a médica.

O relacionamento entre Natália e Luís Cláudio, que durou dois anos e meio, resultou em uma série de episódios de violência, conforme relatado pela médica. Desde uma cotovelada na barriga até ameaças e ofensas constantes, a situação levou Natália a afastar-se do trabalho e ser hospitalizada com crises de ansiedade.

Apesar das alegações de Natália, Luís Cláudio nega as acusações, alegando que são “inverídicas” e que responderá judicialmente por danos morais. A defesa de Luís Cláudio contesta as declarações de Natália, enquadrando-as como calúnia, injúria e difamação.

Diante dos acontecimentos, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo instaurou um inquérito policial para apurar as acusações, convocando tanto Natália quanto Luís Cláudio para depoimento. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou medidas protetivas à vítima, ordenando que Luís Cláudio se afaste e não estabeleça contato com Natália, além de deixar o apartamento em que viviam juntos.

O caso tem gerado debates nas redes sociais, com parte dos seguidores de Natália manifestando apoio à sua decisão de levar os relatos de agressões à polícia, enquanto outros questionam a veracidade das alegações. A justiça, agora, segue com a investigação para esclarecer os fatos.