Bolsonaro diz que há medidas amargas, mas necessárias

Presidente eleito não detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia

Postado em: 14-11-2018 às 15h45
Por: Lucas de Godoi
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Presidente eleito não detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia

Presidente eleito, Jair Bolsonaro posa com governadores eleitos e reeleitos  (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em seu primeiro encontro com os governadores eleitos e
reeleitos em outubro, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que, por
vezes, é necessário adotar “medidas que são um pouco amargas” para evitar o
agravamento da crise no país. Ele não detalhou que medidas são essas, mas disse
que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia. Bolsonaro
lembrou que as reformas têm de passar pela Câmara e pelo Senado e pediu a
compreensão dos presentes.

“Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos
tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia
passou, por exemplo”, afirmou Bolsonaro. “Temos de buscar soluções, não
apenas econômicas. Se conseguirmos diminuir a temperatura da insegurança no
Brasil, a economia começa a fluir.”

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Bolsonaro destacou as pontencialidades do país, como a
riqueza mineral, a biodiversidade, o agronegócio e o turismo. Segundo o
presidente eleito, as soluções passam pelo apoio dos estados. “Não teremos
outra oportunidade de mudar o Brasil. Nós temos que dar certo. Não teremos uma
outra oportunidade pela frente. Temos que trabalhar unidos e irmandos nesse
propósito.”

Pacto

No encontro desta quarta-feira, Bolsonaro propôs aos
governadores um pacto a favor do Brasil, no esforço de buscar soluções para os
problemas e contribuir na administração das dificuldades. O presidente eleito
frisou que o pacto será negociado “independentemente de partido
[político]. A partir deste momento não existe mais partido, nosso partido é o
Brasil”, disse, sob aplausos.

Bolsonaro negou que que o Ministério do Meio Ambiente será
comandada pela atriz e escritora Maitê Proença. De acordo com ele, o nome
escolhido será o de uma pessoa que conhece com profundidade a questão ambiental
e vai focar na concessão de licenças, que, na opinião dele, está cercada de
burocracia. “Queremos preservar o meio ambiente, mas não dessa forma que está
aí.”

O presidente eleito disse ter ouvido uma análise pertinente
do futuro governador de Goiás, Ronaldo Caiado. “Ninguém consegue entender porque
o Brasil, com a riqueza que tem, está na situação de hoje”, afirmou Bolsonaro.
“Temos que destravar questões que nos colocam em situação de atraso.”

Carta

Ao ser informado pelo governador eleito de São Paulo, João
Dória, de que as reivindicações dos governadores serão reunidas em uma carta,
Bolsonaro afirmou que vai analisar com sua equipe cada item exposto no
documento.

Ao longo desta semana, a expectativa girou do anúncio de
novos nomes para compor o primeiro escalão do governo Bolsonaro. Além da pasta
do Meio Ambiente, o presidente eleito poderia indicar o comando dos Ministérios
da Saúde e das Relações Exteriores.

Porém, o ministro extraordinário da transição, Onyx
Lorenzoni, afirmou que não haverá novos anúncios até sexta-feira (16). (Agência
Brasil)

 

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