Partido de Bolsonaro tem votação unânime pela soltura de Brazão na CCJ
O Partido Liberal (PL), ao qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, demonstrou coesão, com todos os 13 deputados da legenda votando contra a prisão de Brazão
Por: Isadora Miranda
Na última quarta-feira (10/4), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um parecer que confirma a detenção do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O pleito, realizado hoje, alcançou 39 votos a favor e 25 contra. Agora, cabe ao plenário da Câmara referendar a decisão.
O Partido Liberal (PL), ao qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, demonstrou coesão, com todos os 13 deputados da legenda votando contra a prisão de Brazão. Além disso, nove votos desfavoráveis à prisão foram provenientes de dois partidos do Centrão: o União Brasil, com seis votos, e o Republicanos, com três votos.
A prisão de Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), ocorreu em 24 de março. No entanto, no caso do União Brasil, ex-agremiação de Chiquinho Brazão, apenas dois deputados votaram a favor da determinação que decretou a prisão do parlamentar, enquanto outros sete votaram de modo oposto.
Apesar do resultado positivo na CCJ, deputados do Centrão manifestaram desagrado com os métodos utilizados na prisão. Alguns argumentam que não é adequada a detenção preventiva de um parlamentar e que essa deliberação do STF pode estabelecer precedentes para futuras detenções de deputados. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), expressou discordância em relação à decisão da Suprema Corte.
Há uma movimentação em curso para que deputados evitem participar da votação no plenário, com o intuito de impedir que a prisão de Brazão alcance o número mínimo de votos para ser confirmada (257 deputados).