Relator da LOA, vereador Clécio Alves, quer dinheiro para o IMAS

Plano de saúde dos servidores do município vem sofrendo com problemas há pelo menos dois anos. Atrasos em pagamentos já causaram paralização no serviço

Postado em: 20-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Relator da LOA, vereador Clécio Alves, quer dinheiro para o IMAS
Plano de saúde dos servidores do município vem sofrendo com problemas há pelo menos dois anos. Atrasos em pagamentos já causaram paralização no serviço

Plano de saúde vem sofrendo com falta de recursos há anos e atendimentos chegaram a serem paralisados

Raphael Bezerra*

A Câmara Municipal de Goiânia realizou a segunda audiência pública para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Município de Goiânia para o ano de 2019. A audiência aconteceu com a presença de representantes da secretaria de finanças, a previsão de receita da prefeitura de Goiânia é de mais de R$ 5 bilhões, o valor deve ser destinado a investimentos da prefeitura e a manutenção de serviços básicos. 

Continua após a publicidade

O relator da matéria na casa de leis, vereador Clécio Alves (MDB), diz que o regulamento interno exige que sejam realizadas duas audiências antes da votação do parecer na comissão Mista e que esta segunda reunião tinha esse objetivo. Além disso, ele adiantou que irá incluir em seu relatório uma emenda impositiva  para fortalecer o Instituto Municipal de Assistências Social de Goiânia (Imas). 

“Essa emenda vem de encontro aos interesses do Imas, que tem passado por momentos difíceis e os servidores que são dependentes daquela instituição do plano de saúde, tem enfrentado dificuldades”, explicou Clécio Alves adicionando que pretende dar condições de estrutura para o instituto: “O Imas tem direito à rubrica 110 que dá mais condições financeiras para o instituto no oferecimento de serviço para seus usuários, que já existe em outras estruturas como a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) por exemplo”, diz o vereador. 

De acordo com o parlamentar todos os servidores inscritos no Imas têm um desconto de 11% do que recebem de pagamento do salário, mas “muitas vezes precisam da contrapartida de um médico, de um exame, de uma cirurgia ou outro procedimento e na maioria das vezes, temos a experiência de ver hospitais fechando as portas para os pacientes do Imas, em função do não recebimento por parte do instituto”.

Além disso, o relator da matéria disse que os vereadores tem todo respaldo para apresentar emendas em concordância com o Plano Plurianual (PPA). “dentro da razoabilidade de valores, em compatibilidade com o objeto indicado e com a finalidade da ação proposta e também com o projeto de engenharia e licença ambiental, a fim de que tais emendas não sejam vetadas pela Prefeitura de Goiânia”, concluiu.

O IMAS vem tendo problemas há pelo menos dois anos, entre paralizações dos servidores, greves e até pedidos de afastamento do presidente da instituição por parte do Ministério Público, uma fagulha de esperança para a instituição parece brotar durante a audiência pública da LOA do Município de Goiânia para 2019. 

No começo do ano, diversos hospital e laboratórios suspenderam o atendimento do IMAS devido aos diversos e constantes atrasos no pagamento. A paralização durou cinco dias e houve protesto por parte dos servidores. Há pelo menos 84 mil associados ao IMAS e cerca de 2 mil prestadores de serviço no plano de saúde. À época, o montante total devido não foi divulgado, mas segundo o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) disse que, apenas com um dos prestadores de serviço, a dívida chega a R$ 1,2 milhão e se estende desde 2016.

Em março, uma audiência pública foi promovida pelo vereador Elias Vaz, para debater melhoras no funcionamento do plano. O vereador quer explicações sobre a atual situação do atendimento do IMAS). “Queremos saber que medidas foram adotadas para a melhoria do serviço oferecido ao paciente e as ações efetivas na ges­tão do Instituto”, afirma.

Na época, o controlador geral do Município, Juliano Bezerra, se compro­meteu a fazer um estudo técnico para desburocratizar o processo de pagamento dos prestadores de ser­viço do Instituto. Ele afirmou que iria tentar reverter determinação do TCM, no ano passado, que mudou o sistema, exigindo primeiro audito­ria para só depois autorizar o paga­mento dos procedimentos.

O controlador também tentou culpar os servidores que estariam realizando “procedimentos de for­ma errada e atrasando os proces­sos”. Já o presidente do IMAS, Se­bastião Peixoto, informou, no dia da audiência, que o problema não es­tava nos funcionários, mas na falta de repasses por parte da Secretaria Municipal de Finanças. Apesar do debate e das promessas, servido­res municipais continuam denun­ciando a situação crítica do Instituto. (* Especial para O Hoje)

Veja Também