Presidente do Senado rebate crítica de Haddad: “desnecessária, para não dizer injusta”, diz Pacheco 

“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Rodrigo Pacheco

Postado em: 28-04-2024 às 14h19
Por: Rauena Zerra
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“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Rodrigo Pacheco I Foto: reprodução

Na tarde deste último sábado (27), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu às críticas feitas pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação aos posicionamentos do Parlamento sobre a política fiscal. “Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, escreveu. 

O desfecho ocorreu após uma entrevista concedida no último sábado (27), por Haddad, à Folha de São Paulo: “Há não muito tempo, criar despesas e renunciar a receitas eram atos exclusivos do Poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal disse que o Parlamento também tem o direito de fazer o mesmo. Mas qual é o desequilíbrio? É que o Executivo tem que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, e o Parlamento, não”, disse o ministro. 

“Ninguém quer retirar a prerrogativa de ninguém. Mas não pode um Poder ficar submetido a regras rígidas, e o outro, não. Se a exigência de equilíbrio fiscal valer só para o Executivo, ele não será alcançado nunca”, declarou Fernando.

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Pacheco, insatisfeito com as declarações de Haddad, respondeu às críticas em comunicado enviado à imprensa: “A admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso.”, afirmou em um trecho da nota. 

As afirmativas de Pacheco e Haddad surgem diante da determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de interromper a extensão da desoneração da folha de pagamentos para vários setores da economia. Em seu comunicado, Pacheco também ressaltou que o avanço do país não pode estar atrelado à sobrecarga dos empresários.

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