“É uma eleição de dois turnos”, diz Vanderlan ao comentar estratégias da pré-campanha 

O senador e pré-candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD), esteve, na manhã da última segunda-feira, 29, na redação do O HOJE onde conversou com jornalistas do grupo, dentre outros assuntos, sobre as movimentações políticas de olho nas eleições de 2024.

O político não escondeu, primeiro, o entendimento de que as eleições em Goiânia estão fadadas a um cenário de segundo turno. “Sabemos que haverá dois turnos, então os candidatos devem ter uma certa paciência para não ficarem digladiando. Quanto a mim, o que se pode esperar é uma campanha muito bonita, como sempre fiz”, destacou.

Depois de dizer que vai trabalhar para garantir todo e qualquer apoio, inclusive o do governador Ronaldo Caiado (UB), caso esteja no segundo turno, Vanderlan destacou que trabalhará, de igual modo, pelos próximos quatro meses por uma boa coligação, sem descartar a possibilidade do PSD lançar chapa pura em Goiânia.

“Temos bons quadros no partido. Bons nomes para a vice”, disse o senador ao mencionar três nomes sendo dois deles de mulheres. Questionado se há uma preferência por uma mulher, complementou: “Não necessariamente. A pessoa tem que ter determinação, capacidade, compromisso, entender de gestão. Não faz parte do nosso perfil aceitar vice só porque alguém indicou”, disse antes de arrematar: “O partido não fecha portas nem proíbe diálogo com ninguém. O meu perfil também é esse, não tenho perfil de extremista”, pontuou.

O pré-candidato defendeu, ainda, a criação de Polos de Desenvolvimento Econômico em Goiânia em prol da ampliação da arrecadação municipal sem necessariamente penalizar o contribuinte, como, segundo ele, comumente é feito. “O que apresentamos em 2016 e 2020 é a solução para Goiânia e será nossa aposta em 2024. A única coisa que vemos é o aumento de IPTU para cobrir despesas e quando se pretende construir algo, parte para empréstimos”, criticou. 

Ele também assegurou, durante o bate-papo com jornalistas, que, caso seu projeto termine vitorioso, irá tratar como prioridade a questão da limpeza urbana. “Temos que organizar e dar um choque. A coleta tem que ser feita em todos os bairros e ao mesmo tempo. Mas não se trata meramente da coleta, temos que separar esse lixo, dar condições às cooperativas para aproveitá-lo e gerar emprego e renda”. O senador também disse que não vai esperar a disputa chegar para visitar as unidades de saúde e entender o que, de fato, o goianiense precisa. 

Senador Canedo 

Na vizinha cidade de Senador Canedo, o nome de Izaura Cardoso, esposa do senador, tem ganhado força.  Aos que ventilam comentários de que ela teria entrado no páreo para ‘negociar’ e que, nos 45 do segundo tempo, acabaria recuando de seu projeto, o político descartou. 

“Minha esposa participou efetivamente da construção de Senador Canedo. Nós planejamos a cidade 30 anos para frente. Ela é uma pessoa que entende a cidade e que trabalhou nas mais diversas áreas, não apenas em prol do social. Ela era meu braço direito na administração, não apenas porque entende, mas porque gosta”, introduziu. 

Em outro trecho, o político acrescentou que sua mulher é uma empresária de respeito e que torna tudo que assume “bem feito e organizado”. “Não fui eu que decidi [por sua candidatura], foi ela. Eu já vinha percebendo [o desejo]. E ela, claro, tem sua independência para fazer sua escolha. Agora, deixem que o povo decida. Não acredito que um possa prejudicar o outro, até porque estamos falando de cidades que fazem divisas e que tem, em alguns casos, os mesmos gargalos”. 

Por fim, destacou: “as vezes as pessoas criticam o fato de eu ser pré-candidato a prefeito em Goiânia e a Izaura ser em Senador Canedo, eu só levo a sério quem um dia fizer o mesmo comentário sobre o governador que quer ser candidato a presidente e a mulher está em campanha para o Senado”