Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Por que Vanderlan prefere ‘distância’ de Caiado no primeiro turno

Reflexo vem de pleito de 2016, quando campanha de Iris Rezende associou Vanderlan ao então governador Marconi Perillo

Postado em: 01-05-2024 às 10h30
Por: Yago Sales
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Sem dois grandes opositores - Iris Rezende e Maguito Vilela -, Vanderlan, ao que tudo indica, tem mais chances | Foto: Leandro Braz/O Hoje

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) é o pré-candidato à Prefeitura de Goiânia mais esperado em qualquer evento político-social da capital. Com andado firme, Vanderlan vai tentar pela terceira vez ser prefeito em uma eleição que ele, sorridente, afirmou, durante visita ao jornal O Hoje na segunda-feira (29): “Todo candidato fica lá em cima”. Esta foi a resposta sobre a expectativa de estar mais forte do que nos outros dois pleitos. 

Sem dois grandes opositores – Iris Rezende e Maguito Vilela -, Vanderlan, ao que tudo indica, tem mais chances. O problema, no entanto, é que surgem forças antagônicas, como o bolsonarista Gustavo Gayer – que entra mais para atrapalhar com sua chapa puro sangue, com Fred Rodrigues, também do PL, na vice; a petista – que parece uma forte aliada em um segundo turno – deputada federal Adriana Accorsi; o empresário Sandro Mabel, na base do governador Ronaldo Caiado; e fadigada tentativa de reeleição de Rogério Cruz (Republicanos). 

 Agora, Vanderlan reflete o passado, anda pé ante pé no presente, vislumbrando um futuro: sendo o prefeito (dos sonhos) no Paço Municipal. Para tanto, o senador, que atualmente tem o prestígio da imprensa nacional com o poder da caneta como presidenta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. 

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Como em qualquer relação entre forças políticas antagônicas, é normal um rompimento aqui, uma aliança ali, e não seria diferente na relação entre Ronaldo Caiado e Vanderlan que, por divergências, terminaram rompidos quando o senador não apoiou a reeleição de Caiado em 2022. À época, Vanderlan andava com o bolsonarismo e apoiou, ao governo, Major Vitor Hugo pelo PL. 

Presidente do PSD, sigla que tem relação estreita com o governo Caiado – muito por causa do ex-deputado Francisco Júnior, presidente da Codego e do ex-deputado federal e ex-candidato ao Senado na ‘indireta’ chapa de Caiado Vilmar Rocha. 

Vanderlan, contudo, deve caminhar, pelo menos no segundo turno, à distância, do grupo do Palácio das Esmeraldas. O principal motivo é a máxima de que o candidato do governador não ganha na capital. Na visita à redação do jornal O Hoje, Vanderlan lembra, a contragosto e de maneira traumática, de como, em 2016, a campanha de Iris Rezende Machado, que voltava para o quarto mandato, utilizou-se, de direito de resposta, para ligar Vanderlan Cardoso ao nome do então governador Marconi Perillo. 

“Foi um desastre”, lembra o senador, que, às vésperas do pleito, perdeu quase 18 pontos ao ser associado a Perillo em peças que fez com que a campanha tivesse certeza: “perdemos a eleição”. Por isso, o senador sustenta que seria melhor caminhar em um projeto independente às expectativas do Palácio das Esmeraldas.  

Claro, nada impede que, num eventual segundo turno – entre Vanderlan e a delegada Adriana Accorsi, do Partido dos Trabalhadores – o governador Ronaldo Caiado, no mínimo, libere “geral” para apoiar o senador. E, quiçá, até dê alguma declaração. O que não se espera, no entanto, é Caiado-cabo-eleitoral de Vanderlan.

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