PL em Goiânia, Aparecida e Anápolis deve ser de chapa pura a prefeito

Trinca de municípios e Rio Verde deve contar com a presença de Bolsonaro na campanha

Postado em: 02-05-2024 às 08h30
Por: Francisco Costa
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Em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, cidades onde há segundo turno, as chapas majoritárias deverão ser puro-sangue | Foto: Marcelo Camargo/ABr

O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve caminhar isolado nos maiores municípios de Goiás. Em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, cidades onde há segundo turno, as chapas majoritárias deverão ser puro-sangue.

Na capital, a disputa deve ser liderada pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL). Na vice, o nome é do ex-deputado estadual Fred Rodrigues, que deixou o DC e se filiou no PL durante a janela partidária.

Na segunda-feira (29), inclusive, Gayer oficializou o nome de Fred para vice na chapa. Antes de comunicar a decisão, ele disparou: “Meu vice vai ser um vice que entende o que eu falo, que carrega os meus valores, que têm os mesmos princípios que os meus, que pensa como eu penso, aliás, que pensa melhor do que eu, inclusive.”

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Ele emendou: “Estou escolhendo como vice o meu Braga Neto [em alusão à escolha de Jair Bolsonaro], o eterno e melhor deputado estadual de Goiás, Fred Rodrigues.” Além do anúncio da chapa, o evento da sigla também apresentou o grupo que será responsável pela pré-campanha na capital.

Aparecida e Anápolis

Em Aparecida de Goiânia a situação é semelhante. O também ex-deputado estadual Max Menezes, que trocou o PSD pelo PL, já admitiu em entrevistas que será o vice do deputado federal Professor Alcides (PL).

Já no município de Anápolis a situação é possível, mas ainda é incerta. O ex-deputado federal Márcio Corrêa (PL) será o cabeça de chapa. Dentro do PL, ele pode ter o vereador e segundo suplente do senador Wilder Morais, Hélio Araújo, como parceiro. O parlamentar é, inclusive, o presidente da legenda no município.

Mas Márcio ainda tem outras possibilidades ventiladas. Nomes de legendas como PRD, Avante e até o MDB. A chapa pura, entretanto, é mais provável, conforme analistas.

A chapa pura não é um problema para o PL. Com a maior bancada de deputados federais eleita no País, o partido gozará de bom tempo de rádio e TV. Além disso, a legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro mostrou força no último fim de semana.

Em Turvânia, no domingo (28), houve a eleição de uma chapa pura da sigla. Osélia Carvalho (Osélia do Ailton) venceu com 70,58% dos votos válidos, tendo como vice o colega de sigla na vice, Neto Pimenta.

Presença de Bolsonaro

Mas de volta às três maiores cidades do Estado, os pré-candidatos deverão ter um reforço no pleito. Está prevista a participação presencial de Bolsonaro na campanha. Outro município que deve ter a presença do ex-chefe do Executivo é Rio Verde. 

No município, o pré-candidato é o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PL). O político ainda não definiu vice, mas tentou, sem sucesso, o médico Osvaldo Fonseca Júnior (Republicanos), também pré-candidato a prefeito.

Contudo, conforme apurado pelo Jornal O Hoje, Lissauer tem um bom relacionamento com o partido anterior, o PSD. Fontes revelaram que o ex-deputado estadual tem, pelo menos, três opções dentro da legenda para compor a vice.

Em entrevista recente ao Jornal O Hoje, ele citou as legendas que caminhariam com ele. “Quero cuidar das pessoas, mostrar que é possível conseguir viver bem em nossa cidade”, garante ao dizer que tem cinco vereadores na cidade que o apoiam. “E temos cinco partidos: PL, PSD, DC, Podemos e PRTB.”

Polarização

É preciso mencionar, entre os municípios citados, em dois deles deve ocorrer polarização com o PT – relembrando a campanha de 2022, entre Bolsonaro e Lula (PT). Na capital, um dos nomes fortes no páreo é a deputada federal Adriana Accorsi (PT). Gayer deve utilizar o antipetismo para impulsionar o discurso.

Da mesma forma, em Anápolis, Márcio Corrêa terá pela frente o deputado estadual e ex-prefeito Antônio Gomide. Os nomes do PL devem exaltar o bolsonarismo e buscar o ex-presidente para garantir os espaços de fala. Aos petistas, cientistas políticos já disseram ao Jornal O Hoje, deve caber abordagens mais municipais, por assim dizer.

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