Mauro Cid usa tornozeleira eletrônica após sair da prisão; entenda o caso
Pouco antes de ser preso a primeira vez, Cid havia sido designado para comandar o 1° Batalhão de Operações Especiais, em Goiânia - a tropa com melhor preparação do país em defesa química, bacteriológica e nuclear, além de, nas chamadas operações psicológicas, reunir paraquedistas e militares.
Por: Andresa Cardoso dos Santos
Mauro Cid, doutor em Ciências Militares pelo Instituto Meira Mattos, especialista e mestre na área, era um excelente tenente-coronel. Têm experiências no exterior e possui cursos da elite militar, como o de Comandos e de Forças Especiais.
Pouco antes de ser preso a primeira vez, Cid havia sido designado para comandar o 1° Batalhão de Operações Especiais, em Goiânia – a tropa com melhor preparação do país em defesa química, bacteriológica e nuclear, além de, nas chamadas operações psicológicas, reunir paraquedistas e militares.
Quando Bolsonaro deixou o poder, tudo começou a ruir para o tenente-coronel, que também era um ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Primeiro houve o episódio da falsificação de cartões de vacina, que levou Mauro Cid à prisão em maio de 2022. Em seguida, a investigação sobre a entrada irregular no Brasil de joias recebidas pelo governo da Arábia Saudita. Considera-se que o material seria presidente para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Logo depois, Mauro Cid estava envolvido em um esquema golpista que visava atacar sistemas da Justiça e questionar a limpidez do processo eleitoral. Houveram denúncias feitas pelo Hacker Walter Delgatti Netto, que afirmou: Cid sabia dos planos e participou de reuniões sobre o tema no Palácio da Alvorada.
E outro caso recente, quando a Polícia Federal descobriu que Cid tentou vender relógios e outros presentes recebidos por Bolsonaro. A ação contou com a participação de outros agentes, como o pai do militar, o general Mauro Lourena Cid, que também passou a ser investigado, de acordo com a CNN Brasil.
Mauro Cid volta à prisão
O retorno de Cid à prisão, no dia 22 de março, ocorreu após o vazamento de um áudio em que ele criticava fortemente a atuação da Polícia Federal e do ministro Alexandre de Moraes nas investigações do seu caso. A defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro alega que as declarações foram feitas em um “desabafo” a um amigo.
Moraes soltou Cid porque acredita que, segundo ele, apesar da gravidade de sua conduta, os novos depoimentos e informações trazidas pelo ex-ajudante após a publicação dos áudios “não estão mais presentes os requisitos ensejadores da manutenção da prisão preventiva, afastando a necessidade da atual restrição da liberdade de ir e vir”.
Como fica a situação de Mauro Cid
Algumas restrições foram mantidas ao tenente coronel: O uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais e de se comunicar com outros investigados nos inquéritos em também está envolvido.