Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Andrey Azeredo e Policarpo disputam presidência da Câmara

Os 35 vereadores de Goiânia se dividem em duas frentes políticas. Um deve buscar a reeleição da presidência e, o outro, tentar chegar ao comando da Câmara Municipal

Postado em: 28-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Andrey Azeredo e Policarpo disputam presidência da Câmara
Os 35 vereadores de Goiânia se dividem em duas frentes políticas. Um deve buscar a reeleição da presidência e, o outro, tentar chegar ao comando da Câmara Municipal

Por enquanto, apenas os dois vereadores tem feito movimentações no sentido de disputar presidência da Câmara

Venceslau Pimentel* 

A seis dias da eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Goiânia, os 35 vereadores se dividem em dois grupos liderados pelo presidente Andrey Azeredo (MDB), que deve buscar a reeleição, e Romário Policarpo (PROS), cogitado para a disputa.

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Por enquanto, Policarpo e Andrey evitam se posicionar como candidatos, mas está em curso um processo de atração de votos, o que pode, fatalmente, “desidratar” um dos grupos até a eleição do dia 4 de dezembro.

Policarpo, por exemplo, lidera um grupo com 22 vereadores, mas ontem, durante a sessão ordinária, circularam informações de que ele teria perdido dois nomes. Ele reagiu a essa informação de bastidores. “Não vejo ninguém dos 22 nomes que estão no grupo falando em divisão”, disse, negando perda de musculatura. “São eles que têm que provar que só temos agora 20. Estamos firmes e coeso”, sustentou.

O vereador do PROS observou que não tem visto ninguém falando em divisão ou mesmo em deixar o grupo. Policarpo diz considera normal tentativas de esvaziar o grupo ao qual faz parte. “É um processo que eles vão fazer mesmo. Eles não têm a quantidade (de votos) para poder ganhar a eleição, é obvio que eles vão falar que tem gente do nosso lado que vai sair”.

No trabalho de convencimento para fortalecer uma eventual chapa para a disputa da presidência, de acordo com Ro2mário Policarpo, é o argumento de que a Câmara tem de ter a sua autonomia, independente do Paço Municipal. Afinal, ele disse que a grande maioria dos vereadores do grupo que ele compõe é da base do prefeito Iris Rezende (MDB).

“Mas isso não quer dizer que a gente tem que se submeter ao Executivo. Não que essa gestão tenha feito isso. Em alguns pontos Andrey foi a favo da Casa também. Mas o que a gente defende é uma autonomia maior do Poder Legislativo”, ponderou.

Após ter tido uma conversa com o prefeito, Policarpo disse ter ouvido dele que não irá interferir no processo sucessório da Câmara. “No nosso grupo temos dois vereadores do partido do Iris, que são Welington Peixoto e Clécio Alves, e também parceiros históricos dele, como o Paulo Magalhães”.

Por sua vez, Andrey Azeredo diz que ainda não nada de concreto sobre sua decisão de disputar a reeleição, pelo segundo grupo que, por enquanto, conta com 11 vereadores. “Não há nada concretizado. De fato, há quem quer uma Mesa Diretora contribuindo, exercendo um bom papel, transparente, com zelos aos recursos públicos, gerando mudanças significativas na Casa”. Ele citou, por exemplo, o concurso público que agora foi homologado.

Quando indagado sobre a movimentação do grupo adversário, do qual faz parte Policarpo, e se o mesmo vem sendo “desidratado”, respondeu: “Não sei, não conheço o outro grupo”.

Sobre a possibilidade de agregar mais nomes a uma eventual reeleição, disse que isso se dará pelo diálogo, “com propostas, transparência, serenidade, demonstrando que os poderes são, sim, independentes, são harmônicos não são rivais”.

Consenso

Líder do prefeito, Tiãozinho Porto (PROS) disse que não se colocará como candidato. Ao contrário, afirmou que tem pedido cautela e paciência, ao mesmo tempo em que torce para uma eventual fusão dos dois grupos.

Se depender do vereador Juarez Lopes (PRTB), haverá consenso entre os dois grupos, com a formação de uma chapa única. “Isso vem sendo costurado”, disse. “Queremos uma chapa que agregue os 35 vereadores. O objetivo é esse”, arrematou.

A eleição da Mesa Diretora, antes prevista, pelo Regimento, para o dia 27 de dezembro, foi antecipada para a próxima semana, por conta de uma proposta de modificação apresentada pelo vereador Vinícius Cirqueira (PROS). Ao mesmo tempo, o projeto de Cirqueira prevê a criação de uma comissão de transição.

Havia uma tentativa de protelar a eleição para fevereiro de 2019, numa iniciativa de Carlin Café (PPS),num arranjo que teve o apoio de suplentes que só vão assumir mandato no ano que vem, com a eleição de quatro vereadores eleitos em 7 de outubro. Assumem novo mandato em 1º de janeiro, o senado eleito Jorge Kajuru (PRP), o deputado federal eleito Elias Vaz (PSB) e os deputados estaduais eleitos Eduardo Prado (PV), Alysson Lima (PRB) e Vinícius Cirqueira (PROS). (*Especial para O Hoje) 

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