Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Caiado reduz grupo de Bruno Peixoto ao vetar aliança com PSB

Aliado do governador confirma que partido foi barrado por questões nacionais (2026) e que vale para todo Estado; municípios como Aparecida, onde a aliança já existia, não devem ser impactados

Postado em: 11-05-2024 às 07h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Caiado reduz grupo de Bruno Peixoto ao vetar aliança com PSB
Bruno, vale lembrar, tentou articular a pré-candidatura à prefeitura de Goiânia, mas também foi barrado pelo governador | Foto: Reprodução

Circulou na imprensa a possibilidade do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) barrar aliança com o PSB, sobretudo em Goiânia. A informação ventilada foi confirmada pelo Jornal O HOJE por um aliado do gestor estadual. É preciso dizer que o PSB é um dos partidos mais importantes do grupo liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), que tenta indicar o vice do pré-candidato ao Paço de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), nome da base caiadista. 

Bruno, vale lembrar, tentou articular a pré-candidatura à prefeitura de Goiânia, mas também foi barrado pelo governador. A solução foi anunciar que trabalharia para disputar a Câmara dos Deputados em 2026. Destaca-se, ele foi convidado a se filiar no PSB para essa disputa. 

Nomes do partido, como o ex-deputado estadual Alysson Lima, já disseram ao O HOJE que as tratativas para filiação estão adiantadas. O presidente metropolitano da legenda, Vinícius Cirqueira declarou que Peixoto já tem auxiliado a sigla. Bruno, claro, depende de janela partidária ou autorização para deixar o União Brasil. 

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Uma fonte ouvida pelo veículo de comunicação, nega que o veto tenha a ver com Bruno. “Mais reflexo nacional.” O governador Ronaldo Caiado tem interesse em disputar a presidência da República, em 2026. Neste momento, o PSB é o principal aliado do PT, com Geraldo Alckmin (PSB) ocupando a vice de Lula (PT).

Questionado sobre a questão da vice em Goiânia e da filiação de Bruno, o interlocutor acredita que não atrapalhará os planos do deputado de indicar um nome para compor com Mabel. Ele reforça que o grupo também tem Agir, PRD, PMB e Avante. Este último, inclusive, seria uma opção para ele. A legenda já abriga a esposa dele, Luciene Peixoto.

O veto da parceria entre o PSB e o União Brasil seria para todo o Estado. Contudo, o entrevistado acredita que isto não impacte as alianças que já existiam, como é o caso de Aparecida de Goiânia. No município vizinho da capital, o prefeito Vilmar Mariano (União Brasil) mantém – de gestões passadas, de Maguito Vilela (MDB) e Gustavo Mendanha (MDB) – aliança não só com a sigla de Alckmin, mas até com o PT. Neste caso, a parceria não deve ser afetada. 

Alívio para o PT?

O veto não significa que o PSB cairá nos braços do PT de Adriana Accorsi, em Goiânia, mas já o retira de um concorrente mais à direita, que é o apadrinhado de Caiado, Sandro Mabel. Nesta semana, Vinícius Cirqueira já tinha reforçado que o partido estava no grupo de Bruno.

Apesar disso, ele antecipou que a situação estava indefinida em relação ao PT ou na questão da vice. Segundo Cirqueira, não se tratava apenas de uma posição regional. “Envolve algumas questões da direção nacional”, adiantou.

Hoje, o PT tem como certo os partidos com quem é federado, PCdoB e PV, e a federação PSOL e Rede, que já declarou apoio. É possível que consiga atrair, também, legendas menores, como a UP. Nesse cenário, o PSB geraria um impacto, de fato.

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