Bruno Peixoto tenta medir força com Caiado e atrair apoio do PSB
O projeto do grupo do Palácio das Esmeraldas, na personificação de Mabel, tem um forte efetivo político-partidário
Por: Yago Sales
Não é de hoje – ou melhor, das últimas edições do jornal – que O Hoje tem trazido os bastidores do esfacelamento da base governista em prol do projeto de outubro: colocar no lugar do atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), o ex-deputado federal e empresário Sandro Mabel (União Brasil).
Filiado à legenda de Ronaldo Caiado, o projeto do grupo do Palácio das Esmeraldas, na personificação de Mabel, tem um forte efetivo político-partidário, ou seja, com garantia de muita grana e horário de propaganda eleitoral.
De qualquer forma, a novela do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (União Brasil), que consolida um grupo – pra chamar de só seu – invejável quer ir além do que dizer “amém” ao Caiado. Quer a vice. E, com isso, juntou, ao redor de estratégias, alguns partidos.
Um deles é o PSB. Sim, o pálido partido de Jorge Kajuru e do ex-deputado federal – escondido no Ministério da Justiça sob Ricardo Lewandowski – agora nas mãos do ex-deputado Vinicius Cirqueira, pelo menos o metropolitano, que já tem dado nova vida à legenda.
A sigla que tanto foi deixada de lado em negociações por falta de expressividade, parecia ter ganhado vida nova com a nova roupagem. Mas Caiado torceu o nariz: é que o PSB, a nível nacional, presidido por Carlos Siqueira, é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.
O repórter do jornal O Hoje Francisco Costa publicou há pouco tempo que Caiado estava disposto a barrar aliança com o PSB, sobretudo em Goiânia. A informação ventilada foi confirmada pelo Jornal O HOJE por um aliado do gestor estadual.
Bruno, vale lembrar, tentou articular a pré-candidatura à prefeitura de Goiânia, mas também foi barrado pelo governador. A solução foi anunciar que trabalharia para disputar a Câmara dos Deputados em 2026. Destaca-se, ele foi convidado a se filiar no PSB para essa disputa.
Nomes do partido, como o ex-deputado estadual Alysson Lima, já disseram ao O HOJE que as tratativas para filiação estão adiantadas.
Uma fonte ouvida pelo repórter Francisco Costa havia negado que o veto tenha a ver com Bruno. “Mais reflexo nacional.” O governador Ronaldo Caiado tem interesse em disputar a presidência da República, em 2026. Neste momento, o PSB é o principal aliado do PT, com Geraldo Alckmin (PSB) ocupando a vice de Lula (PT).
De qualquer maneira, o grupo de Bruno, no entanto, não abre mão de ditar, com letras garrafais, o nome e sobrenome – e legenda, claro – do vice de Sandro Mabel. Vale lembrar que este grupo tem votos. Tem gente de peso, distribuídas em partidos com representantes de aliados e familiares do presidente da Assembleia Legislativa. (Especial para O Hoje)
