Cruz desaparece do gabinete: rua é o caminho à reeleição

Prefeito busca reeleição, mas tem desafios pela frente, como o embate contra auspiciosos ao eleitorado goianiense

Postado em: 15-05-2024 às 08h30
Por: Yago Sales
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Agora, filiado ao Solidariedade, Cruz tem um mundo todo para enfrentar rumo à conquista de mais quatro anos sentado na cadeira mais respeitada no feio prédio do Paço Municipal erguido no cerrado do Park Lozandes | Foto: Reprodução

O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) tem um caminho árduo até outubro deste ano. Ele quer ser reeleito prefeito da capital da qual chegou à cadeira mais importante do executivo de uma forma natural, mas surpreendente: o prefeito eleito, Maguito Vilela, morreu por causa da Covid-19. 

Assumiu, claro, o vice, sob a guarda do emedebismo – partido de Maguito – na pessoa do presidente da sigla, o hoje vice-governador Daniel Vilela. Com o tempo, Vilela passou a ser persona non grata na gestão, criando um clima de desconforto, incapaz de continuidade da parceria. 

Cruz teve de seguir abraçado com o Republicanos, principalmente sob influência da sigla em Brasília. Desconhecido, Cruz é pastor da Universal, mas havia sido vereador duas vezes, com pouco protagonismo na discussão macro da cidade. Não foi, concordam ex e atuais vereadores que conviveram com ele, um péssimo parlamentar. 

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Por causa de uma amarra político-partidária, indicado pelas forças da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Rogério Cruz se tornou o nome da vice naquela chapa que chegou um pouco desconfiada, com a cara amarrada do então prefeito Iris Rezende Machado, em meio à pandemia e com um raivoso bolsonarista (agora ex) Vanderlan Cardoso. 

Agora, filiado ao Solidariedade – presidido por seu secretário de maior prestígio, Denes Pereira – Cruz tem um mundo todo para enfrentar rumo à conquista de mais quatro anos sentado na cadeira mais respeitada no feio prédio do Paço Municipal erguido no cerrado do Park Lozandes. 

Além de voltar ao debate – contra – o senador Vanderlan Cardoso, Rogério Cruz vai ter de suportar às afrontas de ex-aliados e, atualmente, sob o comando do governador Ronaldo Caiado, dedicar tempo – muito – para conseguir emplacar o nome da base governista à disputa: o ex-deputado federal e empresário Sandro Mabel, que, filiado ao União Brasil, é a grande aposta. É conhecido, mas, por enquanto, é apagado para a maioria da população. 

Quem é Mabel? A bolachinha? Não. Sandro Mabel é o homem que deverá se dedicar – e muito – para sair do ranking baixo das pesquisas para subir, avançando, até ultrapassar Rogério Cruz. Aí que vem o problema do atual prefeito. 

Cruz, no entanto, tem a arma: rua. O prefeito não sai de onde emerge a matéria-prima que pode mantê-lo em um dos postos mais respeitados de qualquer um dos mais de cinco mil municípios: o de prefeito. E vai fazer o que for necessário para não perdê-lo.

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