Lúcio Flávio reeleito presidente da OAB

Em eleição rápida e tranquila, Chapa 1 conseguiu ampla vantagem na eleição para o comando da OAB-GO. Lúcio permanecerá à frente da instituição por mais três anos

Postado em: 01-12-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em eleição rápida e tranquila, Chapa 1 conseguiu ampla vantagem na eleição para o comando da OAB-GO. Lúcio permanecerá à frente da instituição por mais três anos

Raphael Bezerra*

O advogado e professor Lúcio Flávio foi reeleito, com 55,20% dos votos válidos, para estar à frente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Goiás. O mandato da Chapa ‘Pra frente OAB’ tem duração de três anos. Reeleito, Lúcio Flávio comandará a Ordem no triênio 2019-2021. Permanece na gestão a atual diretoria: Thales Jayme (vice-presidente), Jacó Coelho (secretário-geral), Roberto Serra Silva Maia (tesoureiro), Delzira Menezes (secretária-geral adjunta).

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O segundo lugar na disputa ficou com Pedro Paulo de Medeiros, da ‘Chapa Nova OAB’, com 38,89% votos (o equivalente a 7.245 votos válidos).  Alexandre Caiado, da Chapa ‘OAB pra Você’ ficou em terceiro lugar, com 5,91% dos votos (o equivalente a 1.101). Os votos brancos e nulos somaram 558 votos (ou 2,91%). Mais de 26 mil advogados do estado estavam aptos a votar. Eleição rápida e tranquila aconteceram graças às urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

O advogado reeleito agradeceu a votação que atestou, segundo ele, confiança e bom trabalho na atual gestão da Ordem. “Assim como fizemos até agora, não mediremos esforços para seguir trabalhando por nossos colegas e sociedade goiana. A todos damos a garantia de que seguiremos com uma OAB corajosa, protagonista e transparente. Atuar em defesa da Lei, da ética e dos direitos humanos e garantir os direitos dos nossos advogados é nossa missão”, completou. 

Pedro Paulo publicou um vídeo nas redes sociais em que parabeniza Lúcio pela eleição e destaca a manifestação de seus pares nas urnas, ao oferecer quase metade dos votos para as chapas de oposição. “Metade da advocia de Goiás deixo o recado de que não estão satisfeitos com a atual gestão, falou, antes de sugerir ao presidente reeleito que “olhe as propostas das duas chapas que não tiveram a honra de serem escolhidas e absorva coisas muito boas que estão lá.

O terceiro colocado, Alexandre Caiado, ao agradecer os votos que recebeu, destacou em mensagem pública que seguirá defendendo os interesses da advocacia à frente do Sindicato dos Advogados de Goiás “Obrigado a todos que caminharam juntos de nossa chapa e a todos que acreditaram nas nossas propostas. Vamos seguir em luta pela advocacia, fiscalizando e cobrando sempre pela valorização das advogadas e advogados. 

Eleição tranquila

Iniciada às 8hrs da manhã desta sexta feira (30), às eleições da OAB tiveram resultados satisfatório para o presidente da Ordem Lúcio Flávio, da Chapa 1. Advogados de todo o estado escolheram dar continuidade no trabalho prestado pelo atual presidente da instituição que deve ficar no cargo por mais três anos. O presidente da instituição destacou, durante campanha, a marca da sua gestão. “Se pudéssemos resumir toda a nossa administração nesses 34 meses é trabalho em prol da advocacia e pela nossa instituição. Esse trabalho ele se espalha por diversos resultados que obtivemos uma gestão de recuperação financeira da ordem que, recuperação de equipamentos e predial. Uma defesa das prerrogativas com a nossa procuradoria instituída na nossa gestão e uma presença muito grande no interior”, diz o presidente eleito da OAB.

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, é também advogado e pela manhã esteve presente para a votação e destacou a importância do órgão. “O papel da OAB não é simplesmente defender os direitos do profissional. É também acompanhar a evolução de tudo aquilo que ocorre na sociedade goiana e na brasileira”, disse o prefeito em visita ao Centro de Convenções. “O cenário exige ainda mais participação de todos pela garantia do bom exercício profissional dos que defendem os direitos fundamentais da nossa sociedade”, completou o prefeito. 

Em campanha, gestão foi duramente criticada  

A Chapa 1, eleita pelos advogados, foi duramente criticada pela atual gestão da Ordem. Pedro Paulo, principal adversário d Lúcio Flávio, disse em entrevista ao O HOJE que a atual gestão não tem priorizado os advogados. Lúcio Flávio rebateu as críticas revelando a situação precária e endividada que pegou quando assumiu a Ordem. Para Lúcio, a principal marca da sua gestão foi o trabalho duro para sanar as dívidas da instituição e colocar ordem na casa. 

Questionado sobre sua posição contrária à reeleição, Lúcio Flávio se defendeu dizendo que seu primeiro mandato na Ordem serviu para quitar dívidas, restaurar a imagem da instituição e sobrou pouco tempo para de fato prestar os benefícios para a advocacia. “Tivemos uma peculiaridade de gastar pelo menos um ano de mandato tentando arrumar a casa, eram R$ 23 milhões em dívidas, e não só a dívida, havia uma desorganização administrativa muito grande e uma forma atrasada de gestão nos custaram pelo menos 50% do tempo tentando colocar ordem na casa”, relatou. 

Durante a campanha o presidente da OAB também destacou os marcos da sua gestão perante a Ordem e a sociedade goiana. Além de ajustar as finanças da instituição que tinha uma dívida de R$ 23 milhões, Lúcio disse que a defesa das prerrogativas foi um dos pontos altos da sua gestão. “A procuradoria de Prerrogativas nacional segue o modelo implantado pela nossa gestão. Eu recebo dirigentes da ordem de todas as gestões para conhecer a nossa prerrogativa que é modelo para o Brasil inteiro”, lembra o advogado.

Segundo ele, houve ainda gestão independente entre os poderes e atuação de enfrentamento do que ele considerou injusto para a sociedade. “Primeiro, questionamos o aumento abusivo do IPTU, que não causou um contentamento do prefeito mas ele compreendeu que a ordem estava exercendo seu papel de guardião da cidadania. As blitz que todos nós conhecemos que apreendem veículos todos os dias por causa de IPVA e foi questionada por uma ação civil feita pela ordem e estamos lutando por essa ilegalidade que ainda prossegue. A crise do sistema prisional no começo do ano a ordem foi protagonista para conseguir uma liminar para interditar o  semiaberto”, destacou. (Especial para O Hoje*) 

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