Deputados Gustavo Gayer e Silvye Alves protagonizam novo bate boca 

Silvye disse no plenário da Câmara dos Deputados que colega da bancada goiana “mente para seguidores”. Ele foi até ela ‘tirar satisfação’ e aproveitou para gravar um vídeo da situação, a situação irritou a deputada e terminou em empurra-empurra

Postado em: 16-05-2024 às 08h30
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Deputados Gustavo Gayer e Silvye Alves protagonizam novo bate boca 
Os registros rapidamente tomaram as redes sociais. Nas cenas é possível observar quando a deputada Silvye pede a palavra ao presidente da Câmara, Arthur Lira | Foto: Reprodução

Felipe Cardoso e Yago Sales 

Os deputados Gustavo Gayer (PL) e Silvye Alves (UB) encabeçaram mais uma discussão na Câmara dos Deputados, em Brasília. Conforme mostrado pela reportagem, na noite da última terça-feira, 14, o clima esquentou depois que o deputado, que é pré-candidato à prefeitura de Goiânia, foi até a colega e na tentativa de gravá-la desencadeou um empurra empurra. 

Os registros rapidamente tomaram as redes sociais. Nas cenas é possível observar quando a deputada Silvye pede a palavra ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No microfone, a política do União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, acusou Gayer de promover fake news por conta de um vídeo em que ele afirma que a parlamentar havia votado a favor de projeto que aumentaria o valor da mensalidade do serviço de streaming Netflix.

Continua após a publicidade

“Deputado Gustavo Gayer, o senhor, que ama espalhar fake news, vou lhe dizer uma coisa muito sincera: tu encontrou uma mulher à tua altura, meu filho”, introduziu. Em seguida, ela apontou para Gayer e continuou: “Este cara acabou de mentir para todo o estado de Goiás que eu votei a favor para aumentar Netflix”. Logo depois, Silvye nega: “Isto não aconteceu. Isto é uma fake news. Em agosto do ano passado, era um projeto completamente diferente, Gustavo Gayer. Aprenda a dizer a verdade”.

E continuou: “Pare de gravar vídeo para a sua comunidade. Respeite quem trabalha em prol das pessoas”, pediu, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), tentava intervir. “Respeite o parlamentarismo desta casa”, terminou Silvye, antes de o microfone ser desligado.

Ao passo em que a política o acusava de promover fake news nas redes, Gayer se aproximava do centro do plenário, de onde ela fazia seu discurso. Com seu telefone celular em mãos, começou a registrar a cena. Foi até ela, como ele mesmo diz na gravação, para abraçá-la. No entanto, ao se aproximar, a parlamentar tenta agarrar seu telefone e interromper a gravação. A situação deu início a um tumulto. 

“Vai tomar o meu celular? Vai me agredir?”, reage Gayer. “A Silvye está tentando me agredir aqui, presidente; presidente”, disse enquanto Silvye era aconselhada a deixá-lo de lado. Ao se afastar, o bolsonarista emendou: “Mulher louca, louca, louca”. “Tentei dar um abraço, mas ele não quer. Falta amor na vida dessa pessoa”. Depois, ele encerra o vídeo que circula em diversos grupos de WhatsApp. 

Depois do ocorrido, a assessoria de imprensa da deputada disparou uma nota à imprensa. O documento diz: “Mais uma vez a deputada federal Silvye Alves e outros parlamentares da bancada goiana foram alvo de fake news pelo deputado Gustavo Gayer”. Segundo o texto, o PL 8889/2017 que trata da taxação do streaming seria votado hoje [terça-feira, 14] , mas foi retirado de pauta. “Mesmo assim, Gustavo Gayer soltou no Twitter a relação de deputados goianos que teriam votado SIM para taxação. Detalhe, a votação que ele se referia era de agosto de 2023 quando foi votada a URGÊNCIA para tratar o projeto. De lá pra cá, o projeto sofreu alterações e hoje seria levado ao plenário”. E finalizou: “Antes de ser retirado de pauta, a deputada Silvye Alves e outros colegas de partido chegaram a gravar vídeo mostrando que votariam NÃO à taxação do streaming”. Gayer, por sua vez, não postou nada sobre o assunto.

Passado recente

Essa não é a primeira vez que os parlamentares se estranham. Em junho de 2023 eles se envolveram em outro embate. Na  época, o bolsonarista usou as redes sociais para criticar os colegas que teriam votado a favor de uma Medida Provisória do governo Lula. Essa medida garantia a criação de novos 17 ministérios e terminou aprovada pela Casa de Leis. Depois de insinuar que a parlamentar teria se aliado ao petismo, Silvye reagiu. 

Silvye fez um comentário em resposta ao bolsonarista onde disse que ele precisava “tomar vergonha na cara” e que “vive de falácia para engajar sua redes”. Nas redes sociais ela explicou que o aumento do número de ministérios não implicaria aumento do gasto público. E acrescentou que o desmembramento foi resultado de um remanejamento entre as pastas. 

Na mesma gravação, acrescentou que Gayer “fala que é honesto, mas recebe auxílio moradia. Fala que não usa dinheiro público, mas gasta R$ 15 mil da sua verba de gabinete para bancar suas redes sociais. Fala que é honesto, mas contratou uma empresa que funciona no mesmo endereço do jovem filho”. E arrematou: “O senhor precisa medir suas consequências”.

Veja Também