Pellozo dispara se compor com Izaura em risco de rivalidade com Divino
Ainda é uma incógnita situação de formação de chapas em Senador Canedo, mas é muito certo que ex-prefeito - de cinco mandatos - vai ser um problema
Por: Yago Sales
O tricô político de Senador Canedo tem a cor da dúvida: ainda é possível vislumbrar a composição entre o atual prefeito, Fernando Pellozzo (União Brasil) e a 1° suplente a senadora Izaura Cardoso (PSD)? Ambos batem o pé na disputa.
Outro nome, contudo, é do ex-prefeito da cidade, Divino Lemes (PSDB) que, ao que se diz por lá, está crescendo a cada pesquisa. Lemes já ocupou o cargo por cinco vezes e, embora ele apareça como o candidato mais rejeitado entre os eleitores, segundo levantamento feito entre 24 e 25 de abril, preocupa o núcleo duro, por exemplo, da candidatura de Izaura.
Ainda não se sabe acerca da estratégia do trio de convencimento do eleitorado. De qualquer maneira, existem portas – de alianças – que ainda não se firmaram nas conversações.
Esposa do senador Vanderlan Cardoso (PSD), Izaura Cardoso deixou o PL e se filiou ao PSD e, agora, de olho na exposição, vai cuidar do PSD Mulher. A suplente de Wilder Morais (PL) no Senado é pré-candidata à prefeitura de Senador Canedo, assim como o marido é pré-candidato ao paço de Goiânia.
Antes de o nome da ex-primeira-dama ser confirmado como pré-candidata, o senador Vanderlan disse, em entrevista ao jornal O Houje: “Existe a possibilidade dela disputar e vamos definir em março. Podemos fazer dobradinha”, garantiu o congressista goiano. O senador também afirmou, na ocasião, que a pré-candidatura dele caminha para se consolidar. “Está indo muito bem. Em todas as pesquisas, minha rejeição é das menores.”
Houve grande especulação sobre legalidade por conta da disputa, simultânea, de marido e mulher, em municípios distintos. Vanderlan dá de ombros.
O advogado eleitoral Danúbio Remy afirma que está tudo bem. “Não há no rol de inelegibilidade constitucional ou infralegal dispositivo que impeça cônjuge de disputar eleições em municípios distintos ou limítrofes”, esclarece. “Administrativamente é controverso uma prefeita de um município ser primeira dama de outro: mas não há qualquer impedimento legal”, reforça.
“O que causa estranheza é um possuir domicílio eleitoral em município diferente, como se morassem em casas diferentes”, emenda. De acordo com ele, contudo, a lei permite outras fontes de comprovação de domicílio eleitoral.
Enquanto isso, o projeto de reeleição de Fernando Pellozo ganha consistência com o apoio do governador Ronaldo Caiado, um dos aliados do prefeito de Senador Canedo. Foi no partido do morador da Casa Verde, inclusive, que filiou-se para – como se diz na cidade – se livrar de Vanderlan Cardoso, um antigo aliado, senão o grande incentivador na vida pública.
Caiado manteve-se focado em declarar apoio a Fernando na noite de 4 de abril, quando o governador assinou a filiação do candidato da base governista à prefeitura, o ex-deputado federal Sandro Mabel.
Ali, Caiado, todo feliz, deixou bem claro que o partido daria todo o apoio a Pellozo. Ali, Caiado ainda enfatizou que Fernando seria o representante de todos os prefeitos do estado de Goiás. “Estaremos juntos em Senador Canedo, prefeito Fernando Pellozo”, garantiu Sandro Mabel, que, claro, aguarda mesmo efetivo em seu próprio palanque na capital.
Outro nome que deu força a Pellozo foi o do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), que tem sido um braço interessante do Palácio das Esmeraldas como cabo eleitoral da dobradinha União Brasil-MDB.
