Policiais goianos partem para o RS e Caiado critica politização da tragédia

Segundo governador, militares se voluntariaram para irem ao estado gaúcho por meio da operação “Brasil é um só”

Postado em: 18-05-2024 às 08h30
Por: Gabriel Neves Matos
Imagem Ilustrando a Notícia: Policiais goianos partem para o RS e Caiado critica politização da tragédia
Aos jornalistas, Caiado afirmou possuir boa convivência e bons vínculos com o estado do Rio Grande do Sul e criticou a politização da tragédia | Foto: André Saddi/Divulgação/Secom Goiás

O Governo de Goiás enviou na manhã de sexta-feira (17) uma tropa de policiais para reforçar a segurança pública do Rio Grande do Sul, que vive em estado de calamidade desde o início do mês em decorrência das chuvas e enchentes. Em solenidade na Praça Cívica, em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) lançou a operação “Brasil é um só” e enfatizou em discurso que os policiais se voluntariaram a participar da ação. 

Aos jornalistas, Caiado afirmou possuir boa convivência e bons vínculos com o estado do Rio Grande do Sul e criticou a politização da tragédia. “Acho que o mais importante no Brasil a essa hora não é politizar o processo. É de nós imaginarmos que existe uma criança precisando de ajuda e oferecer condições de socorrê-la”, disse o governador. “Goiás não espera ser chamado. Estivemos em Brumadinho, Mariana, e agora estamos levando nosso apoio ao povo gaúcho. Não é hora de política, é hora de solidariedade e união porque somos todos brasileiros.”

Ao todo, 47 policiais militares e 12 policiais penais foram designados para reforçar o trabalho no RS, onde já estão equipes do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO). Foram acionadas unidades especializadas da Polícia Militar (PMGO), como o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão Ambiental, o Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), além do Comando de Operações de Divisas (COD) e da Polícia Penal.

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Além de reforçar a segurança pública, os policiais goianos também irão oferecer ajuda humanitária às comunidades afetadas pelas enchentes no estado gaúcho. A previsão é de que a tropa fique no Rio Grande do Sul até o próximo dia 31 de maio, quando haverá uma troca de equipes, conforme anunciou o governo estadual.

Em meio ao aumento de casos de criminalidade no RS, o governador lamentou a situação. “Infelizmente, em situações como essa, em que se espera esse gesto de solidariedade de todos os brasileiros, existem alguns, que não podem ser classificados como tal, mas que acham que podem na hora do sofrimento, da dor, da angústia, se acham no direito de ameaçar, roubar, assaltar as pessoas que estão sendo vitimadas pela maior catástrofe climática que esse país já viu”, disse Caiado. 

O chefe do Executivo estadual complementou: “Mas é com muito orgulho que recebo a informação de que espontaneamente vocês se apresentaram para estarem lá, para mostrar ali a mão forte do governo goiano. Um governo e um povo que não admitem conviver com bandidagem nem em situações que não sejam de catástrofe, muito menos essa que ocorre com o povo do Rio Grande do Sul.”

O comandante-geral da PMGO, coronel Marcelo Granja, também lamentou que mesmo durante tragédias como a do Rio Grande do Sul haja pessoas roubando, furtando e cometendo outros crimes — daí a necessidade de envio dos policiais para garantir a ordem pública. Ele destacou ainda que os policiais se voluntariaram para o serviço.

Perante à tropa em forma em frente ao Palácio das Esmeraldas, Caiado pediu aos militares que levassem a “firmeza, a coragem e a determinação” ao RS. “Bandido ali não vai ter espaço por onde vocês caminharem. O caminho de vocês será para poder dar certeza ao povo gaúcho de com essa determinação e o preparo que têm, vocês vão dar o exemplo de como o povo tem que ser protegido diante daqueles que acham que estão acima da força do estado”, discursou. 

Ainda caminhando pelo tema da segurança pública em sua fala e sob a missão de levar paz ao RS, o governador disse que “Goiás não convive com bandidos e muito menos com pessoas que não são sequer providas do menor sentimento de solidariedade e amor ao próximo”. Ele classificou essas pessoas como “as piores de todos os bandidos que nós estamos enfrentando”.

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