Marina vê taxação global de super-ricos como solução

O Brasil tem defendido, enquanto país ocupante da presidência do G-20, a aplicação dos recursos arrecadados por meio de uma taxação global dos super-ricos em soluções para o Meio Ambiente. 

Uma das entusiastas dessa ideia é a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendeu, em entrevista à CNN Brasil, não apenas o caráter inovador da proposta, como o legado que ela poderia deixar à equipe conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

“Nos últimos quatro séculos o mundo transformou a natureza em pecúnia, em dinheiro, uma necessidade, porque as pessoas vivem daquilo que produzem. No entanto, agora vamos ter que pegar parte desse dinheiro e investir para recuperar a natureza e preservar o que ainda existe”, afirmou.

Segundo a titular da pasta, o ‘modelo global’ seria uma forma de impedir que empresários e investidores transfiram suas operações para outros países com o objetivo de fugir das taxações impostas pelo país. Não terão, nas palavras dela, para onde correr. “É para que a gente possa usar parte desses recursos, desse dividendo que foi transformar a natureza”. 

A reportagem mostrou também que em um artigo assinado conjuntamente por Haddad e outras lideranças ligadas à África do Sul, Alemanha, e Espanha, as autoridades consideram a possibilidade de arrecadação de $ 2,5 bilhões. Um montante suficiente para cobrir, por exemplo, os prejuízos deixados pelo desastre enfrentado pelo estado do Rio Grande Sul.