Pré-candidato em Senador Canedo, Divino Lemes cita lealdade a Perillo e PSDB

Economista, Lemes já foi prefeito do município vizinho à capital quatro vezes - e subprefeito quando lá era um distrito de Goiânia

Postado em: 23-05-2024 às 07h30
Por: Yago Sales
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Sobre as alianças, Lemes disse que já tem quatro partidos aliados na campanha e com possibilidade de mais após as convenções | Foto: Leandro Braz/O Hoje

A história de Divino Lemes se confunde com a do município de Senador Canedo. E ele se vangloria de vários pontos, desde a emancipação do município, em 1989, até ao momento em que, sentado ante ao microfone do Momento Político, programa Hoje News, do jornal O Hoje, na manhã desta quarta-feira (22) ele demonstra interesse em chegar ao sexto mandato de prefeito da cidade. 

Para tanto, vai ter de enfrentar o atual prefeito, Fernando Pellozo que, filiado ao União Brasil, detém o apoio irrestrito e irrecusável do governador Ronaldo Caiado. Divino dá de ombros. 

Divino é otimista. Afirma que lidera pesquisas, sem citar nenhuma. Por exemplo, ignora a mais recente pesquisa que coloca o atual mandatário da cidade, Fernando Pellozo, em primeiro lugar. A distância, contudo, é pouca. Pellozo tem 12,8%. Já Divino: 9,1%. Matematicamente empatados, mas que põe Pellozo em sorrisos às paredes. 

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Tucano, conhece de cor e salteado a cartilha do PSDB do ex-governador Marconi Perillo. Reconhece a fragilidade do partido não apenas em Goiás, mas também no Brasil. Atualmente, ele afirma que a sigla que já governou o país – com Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2003 – e peitou o PT de Lula da Silva e Dilma Rousseff por quatro vezes. Chegou ao segundo turno, mas derrotado. 

Com tudo isso, Divino afirma que é um soldado do PSDB. Quer ajudar a reconstruir a legenda que, como diz o ex-prefeito, tem se reerguido – não com estas palavras, claro – com a atuação de Perillo a nível nacional. A ideia é alcançar 2026 com saúde nas asas, atraindo o tucanato para projetos tanto em Goiás quanto nacional. 

Perguntado sobre os imbróglios com a justiça que teriam causado o indeferimento da sua pré-candidatura, Lemes disse: “É sinal que o adversário morre de medo da gente. É a fragilidade do adversário”. 

Lemes disse que sua prestação de contas só estava em diligência, processo normal antes da análise para a aprovação, e que seus adversários se aproveitaram do caso. “É motivo de alegria eles terem tanto medo da gente, é sinal de que estamos bem com a comunidade. Não tenho nada que me impeça”. 

Sobre as alianças, Lemes disse que já tem quatro partidos aliados na campanha e com possibilidade de mais após as convenções. 

“Estou no PSDB por gratidão. Sou grato ao governador Marconi [Perillo]. Quando ele era assessor do Henrique Santillo [que era governador] ele abriu as portas do palácio para nos ajudar a emancipar a cidade. O processo de emancipação estava travado por questões políticas e administrativas, na Assembleia”, lembra ele. 

“Precisava de correções de limites, alterar para não cair em liminares dos municípios vizinhos, precisava de topografia, novos mapas e o município não tinha renda nenhuma, como você ia fazer isso sem o apoio do governador?”, afirmou o pré-candidato, a respeito de sua aliança com os tucanos. Lemes ainda disse que não existe questão ideológica em sua filiação como tucano e sim “gratidão e vontade de trabalhar”.  

Divino garantiu a participação dos moradores para corrigir esses problemas. “Se você é morador da rua que foi mudada aleatoriamente, nós vamos nos reunir”, disse Lemes.

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