Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Peixoto tenta indicar vice, mas trabalha de olho na prefeitura, diz fonte

Questão dependeria de Sandro “decolar” nas pesquisas e, claro, do aval do governador Ronaldo Caiado

Postado em: 23-05-2024 às 09h30
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Peixoto tenta indicar vice, mas trabalha de olho na prefeitura, diz fonte
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), não desistiu do Paço de Goiânia, garante um interlocutor de dentro do partido dele | Foto:

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), não desistiu do Paço de Goiânia, garante um interlocutor de dentro do partido dele. Atualmente, o líder do Legislativo goiano está à frente de um grupo que articula para indicar o vice do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel (União Brasil). 

Este grupo é formado por PSB, Agir, PRD, PMB e Avante. Bruno, inclusive, poderia migrar para duas dessas legendas. Ele estaria entre o Avante e o PSB.

Mas ainda sobre o desejo de Bruno, essa fonte informa que o presidente da Alego é estratégico. “Bruno faz o jogo. De se manter na articulação, em busca do vice, mas, na verdade, ele quer ser o candidato. Mas quem decide prefeito e vice é o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Agora é aparecer, para ver se cola”, afirma. A questão dependeria de Sandro “decolar” nas pesquisas.

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Recuo

Desde o ano passado, Bruno articula para ser o pré-candidato da base do governador Caiado na disputa ao Paço da capital. Após alguns “recados”, Peixoto anunciou o recuo no começo deste ano. À época, ele declarou que estava “adiando o sonho” de ser candidato a prefeito de Goiânia e que focaria seus esforços para disputar as eleições para deputado federal de 2026.

Mesmo na época, o Jornal O HOJE mostrou que a saída de Peixoto do xadrez eleitoral era interpretada de duas formas. Um grupo que lia a movimentação como “recuo estratégico”, o que significava que, naquele momento, o presidente da Alego ficaria em modo “stand-by”; enquanto outro segmento seguia a linha do recado que o próprio deputado deu aos partidos que tentaram cortejá-lo para mudança de sigla, ou seja, de que a decisão era definitiva.

A verdade é que o presidente da Alego seguiu trabalhando para se manter envolvido no pleito. Se não como nome, como responsável por indicar a vice do escolhido por Caiado. Nesse sentido, ele mede forças com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que busca o espaço para que o MDB não fique, pela primeira vez em mais de 40 anos, fora da corrida eleitoral na capital.

Vice de Mabel

Bruno e Daniel medem forças para indicar a vice de Mabel. O MDB tem tradição, mas Peixoto trabalha para garantir esse espaço, caso Mabel concretize o nome no páreo. Uma das cotadas seria a presidente da Alego, Luciene Peixoto (Avante). Outro nome seria o pré-candidato a vereador (e ex-vereador), Wellington Peixoto (PRD), irmão do deputado estadual.

Parte do MDB estaria disposto a ceder, enquanto outra reforça a importância histórica da sigla que abrigou ícones como Iris Rezende e Maguito Vilela. Além disso, possui o maior número de filiados em Goiás. Para Vilela, mostrar força também é crucial para chegar em 2026, quando assumirá o governo estadual e disputar a reeleição, com a moral alta.

Emplaca?

A indicação de Wellington Peixoto para vice de Mabel seria sugestão do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD). Segundo aliados do líder do parlamento goianiense, considera que ele poderia agregar à chapa de Mabel, caso o empresário, de fato, decole. 

A indicação do grupo, conforme um aliado, deve ficar mais para frente. O grupo espera para ter certeza que Mabel vai, de fato, decolar e ser o nome da base na disputa. “Eles acham que vai decolar, a questão é quando…”, revela este interlocutor.

Análise

Professor e cientista político, Marco Marinho observa que “Bruno ainda não entregou as armas”. Ele observa que o presidente da Alego dá sinais que não desistiu da candidatura. “Existe, de fato, a possibilidade do Mabel não decolar. Aí o Caiado fica com poucas opções: apoiar Vanderlan Cardoso (PSD) – que não quer – ou Gustavo Gayer (PL) – situação complicada, pois seria difícil levar a base -, ou chamar o Bruno de volta, o que seria uma vitória para o deputado.”

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