Políticos testados voltam às urnas de Goiânia neste ano 

Pré-candidatos do PSD, PT, PL, União Brasil e Solidariedade somam-se aos neófitos Matheus Ribeiro, do PSDB, e Leonardo Rizzo, do Novo

Postado em: 25-05-2024 às 09h30
Por: Gabriel Neves Matos
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No cenário pré-eleitoral até o momento, ao menos quatro dos oito nomes estiveram nas urnas nas eleições municipais passadas pleiteando a mesma vaga em Goiânia | Fotos: Alex Malheiros/Reprodução; Hellenn Reis/Alego; Divulgação/Secom Prefeitura de Goiânia; Waldemir Barreto/Agência Senado; Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Políticos experimentados em eleições anteriores em Goiânia podem voltar às urnas no pleito deste ano numa espécie de repeteco de cenários já vistos pelo eleitorado goianiense. Pré-candidatos do PT, PSD e PL somam-se aos neófitos Matheus Ribeiro (PSDB) e Leonardo Rizzo (Novo) na disputa pelo comando da Capital. 

No cenário pré-eleitoral até o momento, ao menos quatro dos oito nomes estiveram nas urnas nas eleições municipais passadas pleiteando a mesma vaga em Goiânia. Atual prefeito de Goiânia e pré-candidato à reeleição, Rogério Cruz (Solidariedade) compôs chapa com o então candidato Maguito Vilela (MDB). Filiado ao Republicanos à época, ele assumiu o Paço Municipal após a morte do emedebista, eleito com 52,6% dos votos. 

Principal adversário de Maguito em 2020, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) deve concorrer novamente neste ano. Ainda com a chapa indefinida, o parlamentar e ex-prefeito de Senador Canedo obteve o segundo lugar na última eleição com 47,4% dos votos. Em recente entrevista ao HOJE, avaliou que a tendência neste ano é que a disputa ocorra em dois turnos.

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Assim como ocorreu há quatro anos, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) volta a concorrer à Prefeitura de Goiânia pela terceira vez. Até agora, ela é a única mulher oficializada pré-candidata ao Paço. Além do mandato parlamentar e de ser o nome mais forte da esquerda na Capital, Accorsi deve contar também com o endosso do presidente Lula (PT) no período eleitoral. 

Logo no início do ano, Accorsi foi o primeiro nome a lançar pré-candidatura e aglutinar legendas de esquerda em seu projeto — Rede, PV e Psol. Há uma expectativa dos petistas de alavancar a candidatura da parlamentar com novos apoios  até as convenções, incluindo a composição da vice em sua chapa. A estratégia seria uma reedição local do que ficou conhecido como “frente ampla” na eleição presidencial de 2022. 

Apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Gustavo Gayer (PL) retorna ao cenário goianiense quatro anos depois de fazer sua estreia na política local. Em 2020, ele se lançou à Prefeitura de Goiânia pelo Democracia Cristã. Sem tempo de televisão e nem coligações, conquistou cerca de 45 mil votos à época. 

Ainda que nos bastidores a pré-candidatura de Gayer na eleição deste ano seja alvo de dúvidas sobre se será viabilizada ou não, o parlamentar é até agora o único a ter oficializado o vice na disputa por Goiânia. Em chapa puro-sangue, Gayer deve contar com o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL). Ambos já posaram para fotos ao lado de Bolsonaro e do senador Wilder Morais, presidente estadual do PL. 

Apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), o ex-deputado federal Sandro Mabel (UB) não é necessariamente um novato na corrida pela Capital. Mas não só já participou, como teve bom desempenho. Na eleição de 1992, o empresário, então filiado ao antigo PMDB, foi para o segundo turno em Goiânia contra Darci Accorsi (PT), para quem perdeu. Mabel obteve 45,3% dos votos na ocasião, enquanto o petista saiu vitorioso com 54,6%. 

As recentes pesquisas de intenção de voto, no entanto, ainda não aferiram o grau de adesão e popularidade ao nome de Mabel, nas quais Vanderlan Cardoso, Adriana Accorsi e Gustavo Gayer aparecem bem situados. O empresário estava há algum tempo distante da política desde o fim do governo Temer. Presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Mabel foi sondado por Caiado e viu seu nome prosperar após uma série de tentativas fracassadas de o governador apadrinhar um nome para comandar a cidade de Goiânia. 

O jornalista Matheus Ribeiro (PSDB) e o empresário Leonardo Rizzo (Novo) surgem como os únicos pré-candidatos em Goiânia que não têm histórico de participação em eleições municipais anteriores.

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