Romário: de craque da seleção à suspeita de corrupção na política

O senador Romário (PL-RJ), está sendo investigado pelo Ministério Público e Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção nos projetos de esporte da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Postado em: 27-05-2024 às 16h21
Por: Gabriel Pires
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A carreira política de Romário se iniciou em 2009 quando se filou ao PSB (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

“Achava que política era lugar de ladrão e sacanagem. E eu acertei”, disse Romário para a revista “Placar”, no ano de 2014. Dez anos se passaram, e o mais novo acusado por participação em esquema de corrupção é o antigo craque da seleção brasileira.

O senador Romário (PL-RJ), está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção nos projetos de esporte da Prefeitura do Rio de Janeiro. Além do ex-jogador, o vice-presidente de futebol do Flamengo e vereador Marcos Braz (PL-RJ) também é suspeito de participar dos casos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Leia mais: Delator acusa Romário por participar de esquema de corrupção

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Carreira política

Campeão da Copa do mundo de 1994, Romário se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 2009. Na legenda, o ex-jogador foi eleito deputado federal nas eleições de 2010, com 146.859 votos. No ano de 2013, chegou a anunciar sua saída do partido, mas retornou ao PSB meses depois, quando se tornou presidente estadual da sigla no Rio de Janeiro.

Em 2014, ainda no partido de centro-esquerda, Romário foi eleito para representar o Rio de Janeiro no Senado Federal. Com cerca de 63% dos votos, mais de 4,6 milhões de eleitores escolheram o atacante nas urnas.

Romário começou a se afastar dos interesses de seu antigo partido quando votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. “Estou convencido pelos fatos e amparado pela minha consciência”, afirmou em seu discurso.

Em junho de 2017, Romário deixou o PSB para se filiar ao Podemos. Nas eleições seguintes, o senador disputou o cargo de governador do Rio de Janeiro, mas nem chegou ao segundo turno, eliminado com 664.511 votos, um total de 8,70%.

No ano de 2021, o parlamentar se aproximou do bolsonarismo, afirmando preferir Jair Bolsonaro a Lula. Nesse mesmo período, Romário anunciou em suas redes sociais sua filiação ao Partido Liberal (PL).

Nas últimas eleições federais, em 2022, o ex-jogador foi reeleito senador no Rio de Janeiro com mais de 2,3 milhões de votos. Apesar de ser seu companheiro de partido, Romário não recebeu apoio direto de Bolsonaro em sua campanha. Legenda esta, que o parlamentar segue filiado.

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