Defesa quer que STF desconsidere declaração de Lessa

Ronnie Lessa confessou que Chiquinho foi o mandante do crime que matou Marielle Franco

Postado em: 27-05-2024 às 15h59
Por: Thiago Borges
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Vereadora Marielle Franco foi assasinada em 2018 (Foto: Mídia NINJA)

A defesa do deputado federal Chiquinho Brazão vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que as declarações de Ronnie Lessa, ex-policial militar que é réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, sejam desconsideradas. 

Ronnie Lessa confessou ao Fantástico, da TV Globo, no último domingo (26), os assassinatos de Marielle e Anderson. O réu também disse que os mandantes do crime foram Chiquinho Brazão e seu irmão – que é ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro – Domingos Brazão. 

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Ronnie Lessa disse que o pagamento seria um loteamento clandestino no Rio, avaliado em R$ 100 milhões, na zona oeste da cidade. 

A defesa de Chiquinho alega que “não há provas ou quaisquer elementos” que comprovem os fatos narrados por Ronnie Lessa. Além de que, as declarações de Lessa vão em confronto com as declarações de Élcio Queiroz, autor da primeira delação premiada. 

Queiroz, que também é ex-policial militar, disse em sua delação que foi o motorista do veículo no dia do crime e que Ronnie Lessa foi quem efetuou os disparos contra a parlamentar e seu funcionário. Queiroz também disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também participou do crime.

Vale lembrar que a investigação das declarações de Queiroz ainda não foi terminada.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018. A vereadora era uma militante intensa e muito ativa na luta contra as milícias do Rio de Janeiro. 

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