Governo fecha negociação com docentes para acabar com greve das universidades
Os termos devem ter impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
Por: Luan Monteiro
Após dois meses de greve, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um acordo com professores de universidades e institutos federais. Os termos devem ter impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
O acordo prevê reajustes que variam de 13,3% a 31,2% entre 2025 e 2026, deixando de fora 2024.
O termo foi assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), entidade que vem assinando acordos para docentes do ensino superior e técnico. A entidade, no entanto, desconsiderou que alguns pedidos não foram atendidos. Para a Proifes, a proposta continha importantes avanços para a carreira e que ela deveria ser defendida.
As demais entidades não assinaram o acordo. Entre essas instituições está o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que terá um prazo maior para levar a proposta à sua base e poderão, posteriormente, assinar o acordo.
A proposta
A proposta assinada prevê pagamento do acordo em duas parcelas: janeiro de 2025 (9%) e maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. Somada ao reajuste, a proposta de valorização da carreira docente até 2026 representa aumento em torno de 28,2% para professores, sendo 43% para o estágio inicial da carreira, o que significa ganho real para o período 2023 a 2026, no qual a inflação projetada varia de 15% a 18%.
Por conta disso, o salário inicial de um docente com doutorado passará para R$ 13,7 mil. Antes do aumento concedido, o salário inicial era de R$ 9,9 mil.
