“Não vou implementar”, diz Caiado à Veja sobre câmeras em fardas policiais
Governador ainda ressalta que a função da polícia é proteger o cidadão, e não dar guarida a criminosos
Por: Vitória Bronzati
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou uma portaria do Ministério da Justiça que orienta o uso de câmeras em uniformes policiais durante o serviço. Em entrevista ao programa Os Três Poderes, da Revista Veja, Caiado afirmou que Goiás não adotará a medida. “Goiás não tem nem terá câmera”, disse. “Não tem e não vou implementar. Isso é uma prerrogativa dos estados, por norma constitucional”, justificou.
A portaria federal busca “padronizar” o uso do equipamento em todo o território nacional, mas Caiado considera que a decisão deve ser dos governadores. “Cabe aos estados definir a sua política de segurança pública”, reforçou.
Caiado defendeu o modelo de segurança adotado em Goiás e mencionou a redução dos índices de criminalidade no estado como prova da eficiência das políticas implementadas. “Em Goiás a segurança é plena, dentro dos moldes que estipulamos, e temos a polícia mais eficiente do país. Por que vou mudar, se a política e o modelo que implantamos em Goiás é que deveriam ser copiados pelo governo federal?”, questionou.
Caiado apontou uma série de problemas que, segundo ele, deveriam ser prioridade do governo federal, como o controle das fronteiras, o crescimento do narcotráfico e o poder das facções sobre territórios. “E onde é que está esse governo? Se acovardando, essa é a grande verdade. Onde estão os satélites para controlar as fronteiras? Onde está a inteligência? A integração das polícias?”, criticou.
O governador ressaltou que a função da polícia é proteger o cidadão, e não dar guarida a criminosos. Ele destacou que em Goiás a segurança pública tem alcançado os resultados esperados pela população, refletindo na queda dos índices de criminalidade e promovendo o crescimento social e econômico do estado. “Goiás é um estado que não tem um metro de terra comandado por faccionado. Isso está levando o desenvolvimento ao estado”, concluiu.