Pré-candidaturas femininas ganham força com proximidade do pleito de outubro 

Expectativa é que quantidade de chapas encabeçadas por mulheres cresça nas maiores cidades goianas

Postado em: 04-06-2024 às 05h30
Por: Yago Sales
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Na cidade ao lado, Senador Canedo, surge, de maneira contundente, o nome da suplente, a senadora Izaura Cardoso (PSD) | Fotos: Reprodução

O panorama político para as mulheres nas eleições do próximo outubro, quando eleitores dos 246 municípios vão às urnas para escolher vereadores e prefeitos, parece ter contornos favoráveis. É fato que a representatividade feminina em cargos como o de prefeito ainda é muito aquém do que se espera. 

No pleito passado, em 2020, Goiás elegeu apenas 33 mulheres – dos 246 eleitos – para prefeituras, o que representa apenas 13,82% do total. Outra informação do Tribunal Regional Eleitoral era ainda mais alarmante: dos 881 nomes que apareceram nas urnas eletrônicas, apenas 106 eram de mulheres. 

No caso de vice, no entanto, o número saltou, mas sem surpresa: das 906 candidaturas, 177 foram de mulheres. Outro dado que preocupou na eleição passada foi o de 23.141 homens para vereador e apenas 8.827 de mulheres. 

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A legislação até evoluiu e pegou partidos – desprevenidos? – em uma verdadeira malha fina contra o desrespeito à cota de gênero. Tudo isto causou sérios danos a diversas siglas, como a perda de mandatos. Vale lembrar que a cota de 30% ainda se restringe aos cargos proporcionais, não atinge as disputas majoritárias. 

Por isso, agora, dirigentes partidários estão mais experts. Atentos, preferem não pecar pelo zelo e caminham por escolhas de candidaturas femininas que não apenas preenchem cotas, mas que se tornem competitivas. 

É o caso da candidatura à prefeitura de Goiânia da deputada federal Delegada Adriana Accorsi. Filiado ao Partido dos Trabalhadores de Lula da Silva, é uma das principais articuladoras da relação entre o estado e o Governo Federal. Foi oficializada pré-candidata em evento no dia 27 de outubro de 2023. Desponta como uma das favoritas na corrida eleitoral. 

Na cidade ao lado, Senador Canedo, surge, de maneira contundente, o nome da suplente, a senadora Izaura Cardoso (PSD). Esposa de Vanderlan Cardoso, Izaura tem seu capital político atrelado à gestão de Vanderlan em Senador Canedo. Izaura saiu do PL, onde é suplente do senador Wilder Morais, para ingressar ao PSD e viabilizar-se como nome confiável na cidade.

 No mesmo município, também surge como expectativa a vereadora  – vice-presidente da Casa – Welma Lira (Patriota). Empresária no ramo de construção civil, tem buscado viabilidade para concorrer ao cargo. A cidade tem outro nome: o da médica Cristiane Pina que, filiada ao Solidariedade, torna-se uma força importante à polarização na política local. 

Em Anápolis, o nome feminino conta com o apoio do atual prefeito Roberto Naves (Republicanos). Trata-se de Eerizania Freitas (União Brasil). Com 20 anos de gestão pública, ela participou de cinco gestões municipais. Como candidato do governador Ronaldo Caiado, Freitas terá o desafio de enfrentar a quase unanimidade do petista Antônio Gomide, que lidera as principais pesquisas na corrida na cidade. 

Anápolis tem outro nome para a corrida eleitoral. Filiada ao PDT, Mariane Stival  – que é advogada e professora – também tenta ser o nome viável por lá. Ela era do Partido Verde, de onde saiu para entrar na sigla de Flávia Morais. 

Em Catalão – a terra de Adib Elias – o nome feminino é do PT. Trata-se de Maria Moura que, mestre em História, preside o Sintego Regional Catalão. 

Outra candidatura que tem dado o que falar é a da vereadora Delegada Fernanda, do Progressistas, sigla de Alexandre Baldy. Como o próprio nome prediz, ela atua como policial na cidade, o que dá condições de ter mais proximidade com a população. Eleita vereadora na última eleição, ela agora é aclamada como nome para a prefeitura.

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