Vinícius Cirqueira deixa Alego de olho na vaga de vice por Goiânia

Ex-deputado estadual confirma que Bruno Peixoto e Elias Vaz conversaram com Vanderlan sobre a possibilidade de composição. "Tenho disposição de ser, mas desde que seja decisão coletiva"

Postado em: 05-06-2024 às 04h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Vinícius Cirqueira deixa Alego de olho na vaga de vice por Goiânia
Ele mesmo confirmou ao Jornal O Hoje a decisão após circular a informação de que poderia ocupar a vice do pré-candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso | Foto: Reprodução

O ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira (PSB) vai se desincompatibilizar, nesta sexta-feira (7), do cargo de secretário de Esportes e Lazer da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Ele mesmo confirmou ao Jornal O Hoje a decisão após circular a informação de que poderia ocupar a vice do pré-candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD). 

Vinícius é presidente metropolitano do PSB. Ele diz que não conversou com Vanderlan, que comanda o PSD no Estado, mas que o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil), e o presidente estadual do PSB, o ex-deputado federal Elias Vaz, sim. O assunto, claro, foi a possibilidade da vice.

Bruno lidera um grupo de partidos que inclui o PRD, o PSB, o Avante, o Agir e o PMB. Inicialmente, ele atuava para indicar um vice na chapa do pré-candidato da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o empresário Sandro Mabel (União Brasil), mas, aparentemente, “os ventos mudaram”. 

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Peixoto tem ajudado o PSB há algum tempo. Ele, inclusive, estaria de malas prontas para a sigla, esperando apenas a janela partidária. O PSB, por sua vez, é o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Base de sustenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já Caiado é pré-candidato à presidência, em 2026. A ideia do gestor estadual é garantir o apoio do bolsonarismo [e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)] e se distanciar ao máximo do petismo. Nesse sentido, Bruno segue um caminho oposto quando articula junto ao PSB.

Tudo pode acontecer

Mas de volta a Vinícius, ele diz ao Jornal O Hoje que está à disposição do partido e do grupo que foi criado. “Tenho disposição de ser, mas desde que seja decisão coletiva. Ao descompatibilizar, estou pronto, mas sei que tudo pode acontecer, inclusive nada”, reforça.

Questionado sobre como está a situação na Justiça Eleitoral, ele envia duas certidões como resposta. Uma delas diz que ele está “quite” e a outra que “não consta registro de condenação criminal eleitoral”. 

Em 2020, ele teve o mandato de deputado estadual cassado por uso indevido de recursos do fundo eleitoral. Recentemente, contudo, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) inocentou o presidente metropolitano do PSB. 

E o PT?

Com essa movimentação, o Partido dos Trabalhadores (PT), em Goiânia, tende a ficar sem o aliado tradicional. Mais do que isso, pode ter o PSB como adversário na chapa de Vanderlan Cardoso. 

Sem o PSB, o PT conta com as legendas que fazem parte da federação, o PCdoB e o PV. Além disso, o Partido dos Trabalhadores também terá os federados PSOL e Rede, que já declararam apoio à sigla.

Outras legendas até poderiam estar no radar, mas já têm “compromisso”. O PDT, que nacionalmente também está com o PT, deve caminhar com Mabel, uma vez que é alinhado com Caiado. Mesma situação, o MDB é comandado pelo vice-governador Daniel Vilela no Estado.

Há, ainda, o Solidariedade. O partido, todavia, tem como pré-candidato o prefeito Rogério Cruz, que trabalha pela reeleição. Siglas menores da esquerda, como PCO, PSB e PSTU, tendem a ter candidatura própria. A UP, entretanto, pode negociar apoio ao PT, que tem a deputada federal Adriana Accorsi como pré-candidata.

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