Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Lula participa da cúpula do G7 na Itália

O presidente defende inclusão social, combate à desigualdade e reforma das instituições internacionais

Postado em: 09-06-2024 às 15h00
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Lula participa da cúpula do G7 na Itália
Antes de chegar à Itália, Lula passou por Genebra, na Suíça, onde participou da conferência da Organização Internacional do Trabalho | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália, para participar da Cúpula do G7. O evento, que reúne os líderes das sete maiores economias do mundo, ocorre de 13 a 15 de junho, com a presença de Lula a convite da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

O G7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O grupo era conhecido como G8 até 2014, quando a Rússia foi excluída devido à anexação da Crimeia. Além dos membros permanentes, a cúpula também recebe países convidados.

Antes de chegar à Itália, Lula passou por Genebra, na Suíça, onde participou da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A conferência, que começou no dia 3 de junho, se estende até o dia 14.

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Esta é a oitava vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras participações ocorreram durante seus dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009, e a última foi no ano passado, na cúpula em Hiroshima, no Japão. Desde então, o Brasil não havia comparecido a uma reunião do grupo.

Desde o ano passado, o governo brasileiro mantém diálogo com as autoridades italianas, uma vez que Brasil e Itália ocupam as presidências rotativas do G20 e do G7, respectivamente. O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo, além da União Europeia e, recentemente, da União Africana.

Na cúpula, Lula pretende defender as prioridades do Brasil no G20, incluindo a inclusão social e a luta contra a desigualdade, fome e pobreza. Ele também deve abordar o enfrentamento das mudanças climáticas com ênfase na transição energética, a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental, e a reforma das instituições de governança global para refletir a atual geopolítica.

Um dos pontos de destaque na agenda brasileira é a proposta de uma tributação global de 2% sobre a renda dos super-ricos. Esta proposta foi apresentada pela primeira vez em fevereiro, durante uma reunião do G20 em São Paulo, e reiterada em abril, nos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também está na Itália, discutiu o tema com o Papa Francisco. A taxação visa reduzir a desigualdade social e combater as mudanças climáticas. Segundo Haddad, a proposta está ganhando adesão internacional e pode ser incluída nas reformas sugeridas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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