PSOL não quer vice do PT em Goiânia, mas ajudará a construir mandato
Presidente estadual da legenda, Cíntia foco é fazer chapa de vereador competitiva para retornar à Câmara Municipal
Por: Francisco Costa
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Presidente estadual do PSOL, em Goiás, Cíntia Dias afirma que o partido, hoje federado com a Rede Sustentabilidade, não tem interesse em ocupar a vice do PT, apesar do apoio. Segundo ela, o partido focará na chapa de vereadores, que deverá ser completa, neste ano.
“Estamos com apoio declarado à pré-candidatura da deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT). Então, estamos dentro dos eixos do programa dela, discutindo. Nossa perspectiva é discutir esse programa, fazer parte da campanha e da governabilidade”, afirmam Dias.
Ainda segundo ela, não se trata de um mero apoio. O partido almeja, em caso de vitória da petista, estar presente em toda a construção dessa mandato. “Em relação ao PT, não existe nenhuma discussão contrária [dentro da federação]. Mas não temos interesse em ocupar uma vice.”
Como mencionado, o foco de Cíntia é fazer um vereador ou uma vereadora nessas eleições. Ela prevê uma chapa completa, neste ano, com 38 candidatos. A proporção aproximada deve ser de 60% nomes pelo PSOL e 40% pela rede. “Estamos jogando um peso muito grande nessa chapa. É muito importante para nós, muito significativo, e estamos apostando na chapa de vereança.”
Vereador
Vale lembrar que o último eleito pelo PSOL ao parlamento da capital foi Elias Vaz, em 2012. Em 2020, Fabrício Rosa foi o mais votado da legenda, que não tinha atingido quociente eleitoral. Contudo, após cassações diversas na Câmara Municipal, ele conseguiu assumir, neste ano.
Porém, Fabrício migrou para o PT para disputar mandato de deputado estadual. Por causa disso, o partido acionou a Justiça pela vaga. “A compreensão do PSOL é que o mandato é do partido, uma vez que foi necessário um trabalho coletivo para o alcance do quociente eleitoral”, afirmou Manu Jacob, presidente metropolitana da legenda, ainda março, pouco antes da ação ser protocolada.
“Ele foi eleito com o quociente eleitoral da sigla, a partir dos votos dos candidatos do PSOL e dele também. Mas agora ele não faz mais parte do PSOL. Então, a compreensão é de que o mandato é do PSOL, uma vez que é necessário que toda a chapa se mobilize para alcançar o quociente, todo o partido”, detalhou.
A expectativa é que, apesar da legislatura terminar esse ano, o partido ainda consiga uma sinalização da Justiça para ocupar a cadeira da Câmara de Goiânia. Caso seja possível, assume a presidente estadual da sigla, Cíntia Dias. Trata-se de “mandata coletiva”, ou seja, um grupo de mulheres encabeçado pela presidente estadual. Até o momento, não há decisão no processo.
Fabrício Rosa
Fabrício Rosa deixou o PSOL e se filiou ao PT para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Caso perca o mandato para Cíntia, ele ainda pode assumir, no próximo ano, uma cadeira no parlamento estadual – e até no municipal, caso dispute e vença as eleições de vereador.
Mas em relação a Alego, ele é o primeiro suplente do PT. O partido pode “perder” um nome atual, pois o deputado estadual Antônio Gomide é pré-candidato à prefeitura de Anápolis. O ex-prefeito, inclusive, é visto como favorito na corrida pelo Paço. Caso ele se eleja, Rosa, mesmo deixando a Câmara, retornará ao poder.