Eerizânia Freitas quer ser 3ª via em Anápolis e baseia discurso em experiência 

Pré-candidata do União Brasil diz que ampliará debate sobre macrodrenagens na cidade

Postado em: 13-06-2024 às 06h30
Por: Gabriel Neves Matos
Imagem Ilustrando a Notícia: Eerizânia Freitas quer ser 3ª via em Anápolis e baseia discurso em experiência 
Pré-candidata do União Brasil diz que ampliará debate sobre macrodrenagens na cidade, à luz das mudanças climáticas que provocaram enchentes no Rio Grande do Sul | Foto: Reprodução/ Instagram

Pré-candidata do União Brasil à Prefeitura de Anápolis, a servidora pública Eerizania Freitas, 49, se diz tranquila com relação às pesquisas de intenção de voto na cidade que apontam os nomes do deputado estadual Antônio Gomide (PT) e do deputado federal Márcio Corrêa (PL) como principais postulantes na disputa.

“Começo com 1%, vou pra 2%, depois pra 3%. Estou só crescendo. Meu nome tem chegado aos quatro cantos da cidade e as pessoas estão me conhecendo. Por enquanto, ainda é desconhecido porque as pessoas ainda não relacionam com quem é”, justifica ela, aos risos, em entrevista ao HOJE por telefone. 

A pré-candidata enfatiza que saúde, educação, segurança pública e desenvolvimento econômico pautarão seu plano de gestão, mas diz que quer ampliar o debate sobre as macrodrenagens, tendo em vista as enchentes no Rio Grande do Sul, advindas das mudanças climáticas. Ela mostra preocupação sobre os riscos de erosão e inundações na cidade goiana. “Precisamos fazer um estudo futurista. Anápolis não foi planejada para ser uma cidade com esse porte de veículos que tem hoje”, reforça.

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Indicada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) para suceder o prefeito Roberto Naves (Republicanos), Eerizania se vê com chances reais de se tornar a primeira mulher prefeita de Anápolis. Enquanto fala, emenda a todo instante um fato que a marcou nos mais de 20 anos trabalhando na gestão pública em diversas pastas. No entanto, afirma que não fará campanha política baseada em críticas aos outros candidatos.

“Sobre a polarização, a gente tem que tomar cuidado com a questão do extremismo porque a gente precisa fazer um debate saudável e que traga uma campanha propositiva para a cidade”, reflete ela. 

O HOJE

O cenário de polarização vem se fortalecendo na corrida pela Prefeitura de Anápolis neste ano, com os pré-candidatos do PT, Antônio Gomide, e do PL, Márcio Corrêa. A senhora é o nome apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB). Sua pré-candidatura vai ser levada adiante? Qual avaliação da senhora neste momento em que se aproximam as convenções partidárias?

O senso de responsabilidade é muito grande. Eu fui convidada pelo [governador Ronaldo Caiado] maior líder político do Brasil, segundo as pesquisas. Minha ficha de filiação foi assinada por ele. Eu avalio com muita naturalidade esse cenário de tentativa de polarização, tendo em vista que estou nesse processo político como pré-candidata há apenas cerca de 40 dias. Sou servidora de carreira, participei de cinco gestões e a de um interventor, e com todos eles muito aprendi aquilo que deu certo e o que não deu. Minha experiência na gestão pública e conhecendo de perto as demandas de cada região da cidade… O meu modelo é acompanhar de perto. Tudo isso com o apoio do governador nos coloca em projeção de crescimento. 

Da experiência dessas cinco gestões pelas quais a senhora passou, o que acha que não deu certo em Anápolis? Qual será sua estratégia para contornar isso?

A minha estratégia é ter um diagnóstico da cidade neste momento. Só é possível fazer uma gestão conhecendo a cidade, percorrendo ela. Eu preciso ouvir todo mundo, a população, os segmentos empresariais, as lideranças políticas de Anápolis de todas as classes — inclusive as lideranças comunitárias.

O que não deu certo, e falo isso com muita clareza, é o fato de que a população não teve conhecimento de tudo o quanto ela poderia ter acessado.

Por exemplo?

Eles não têm conhecimento de quantas unidades de saúde tem o horário estendido, os programas sociais que podem acessar… Por exemplo: o WhatsApp 24 horas. A gente precisa informar melhor a população acerca de tudo o que temos e que ela pode acessar. 

A senhora quer dizer então que o atual prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos), falhou nisso durante sua gestão? Ele não trouxe a possibilidade de a população se informar melhor sobre os benefícios e programas sociais?

O que eu posso dizer é que a gestão do Roberto Naves foi a que mais avançou em inovação, tecnologia e infraestrutura. Nós falhamos na comunicação. A gente poderia ter comunicado melhor a população sobre o que ela tem direito e acesso.

Isso, portanto, é uma autocrítica que a senhora está fazendo?

Com certeza. Mas as políticas que estão dando certo, a gente precisa manter e ampliar. Se deu certo, não importa de que gestão nem de que partido foi, eu preciso manter e ampliar. É isso que a gente precisa trazer para o debate: o que eu posso melhorar na educação, na saúde, na segurança pública, por exemplo. E tudo isso a gente está contemplando no nosso plano de gestão. 

Por que a senhora tem se apresentado em entrevistas a veículos de imprensa como uma espécie de 3ª via em Anápolis? Reconhece que o cenário na cidade está realmente polarizado entre Gomide e Corrêa?

Você cita dois pré-candidatos. Um com 20 anos de vida pública — que inclusive no segundo mandato renunciou para se candidatar ao legislativo estadual —, e você fala de outro que tem mais de 10 anos de vida pública ou de tentativa de participação na vida pública. Então são pessoas que já participaram de pleitos e processos eleitorais de outras campanhas. Eu sou uma pré-candidata que tem conhecimento técnico e excelência em gestão. Quando secretária de Educação, avançamos no Ideb significativamente e tivemos percentual de reajuste de 23% num ano, e 18% no outro. Isso é um diferencial que tenho. A Eerizania Freitas é reconhecida como alguém que tem capacidade de gestão. Eu me apresento como pessoa que tem solução para os problemas da cidade. Agora, eu não posso fazer um comparativo com quem nunca fez entrega na cidade.

De quem a senhora está falando?

Estou falando daqueles candidatos que nunca fizeram entrega na cidade e eu não discuto pré-candidatos. 

Por que?

Porque eu sou uma gestora reconhecida como gestora de excelência que percorre a cidade ouvindo de perto a população. E porque venho indicada do melhor governador do Brasil com consenso do prefeito Roberto Naves.

Sobre a negociação da sua vice, como está o andamento? O União Brasil tem alguma preferência para que seja chapa puro-sangue?

Nós estamos conversando com partidos, mas estamos conversando com o governador. Eu não vou dar nem um passo sem o aval dele. A gente sabe da importância do vice e reconhece isso, por isso as conversas. A política é a arte do diálogo. Tudo está sendo conduzido pelo governador. 

Mas quais são os partidos que estão no radar? Esse diálogo é com quem?

Temos conversado bastante com o Progressistas e o Republicanos, mas a definição virá do Caiado. 

Então com isso definido, o próximo passo é pedir a bênção do governador?

Não. Não é sobre aguardar para ter a bênção. Todas as tratativas têm sido feitas com a participação dele. Eu não vou tomar uma decisão para levar para ele. Eu vou tomar uma definição junto com ele — desde a negociação para vice até questões partidárias. E ele tem participado ativamente do processo. 

E qual é a perspectiva de trabalho que a senhora tem em mente para se relacionar com a Câmara Municipal, caso seja eleita?

Eu entendo que o Executivo não caminha sem o Legislativo, então a minha proposta será de caminhar de mãos dadas com os vereadores. O objetivo é atender a população.

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