Haddad e Tebet reforçam necessidade de revisão de gastos para orçamento de 2025

Em reunião nesta quinta-feira (13), Haddad e Tebet reforçam compromisso com agenda fiscal

Postado em: 13-06-2024 às 15h43
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Haddad e Tebet reforçam necessidade de revisão de gastos para orçamento de 2025
Encontro reforça compromisso com a agenda de cortes e reavaliação das despesas do país | Foto: Diogo Zacarias/MF

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reafirmaram a necessidade de continuar com a agenda de redução e revisão de gastos, apesar da desconfiança do mercado em relação à política fiscal brasileira. Durante a reunião desta quinta-feira (13), ambos sublinharam a importância de um esforço concentrado para tornar o orçamento de 2025 mais claro.

Haddad informou que uma equipe já está dedicada à revisão de despesas, com a meta de apresentar até o final de junho uma visão clara da estrutura do próximo orçamento. Ele intensificará os esforços para construir um orçamento que tranquilize o mercado quanto às questões fiscais, reavaliando completamente as despesas do país.

Simone Tebet concordou com as colocações de Haddad, enfatizando que há uma ampla margem para rever despesas, ao contrário de um ajuste via receitas. Ela também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não recebeu uma lista completa de opções para cortes de gastos.

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Além das questões orçamentárias, os ministros discutiram a necessidade de compensação devido à desoneração da folha de pagamentos nos setores com maior número de trabalhadores. Haddad afirmou que a equipe econômica analisará todas as propostas dos senadores para chegar a um acordo rapidamente. Ele destacou que a equipe econômica apresentará novas propostas na próxima semana, com foco inicial nas propostas do Senado.

Desoneração da folha de pagamento

A desoneração da folha de pagamentos, implementada em 2011 e prorrogada até 2027, foi suspensa por uma decisão liminar do STF. O governo federal alega que não prevê receitas para financiar o programa, o que afetará as contas públicas, enquanto o Congresso defende que adotou medidas para aumentar as receitas da União.

Em entrevista ao Estadão, Haddad anunciou um acordo para manter a desoneração em 2024 e negociar uma cobrança progressiva a partir do próximo ano. Segundo dados do Desonera Brasil, 9,3 milhões de pessoas trabalham nos setores beneficiados pela medida, que ajudou a criar 151 mil empregos nos dois primeiros meses do ano e proporcionou um salário médio 12,7% maior em comparação aos setores não desonerados.

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