Articuladores de Vanderlan avaliam que ‘melhor cenário’ seria segundo turno com Accorsi

Em eventual cenário, leitura é que o pessedista teria maior capacidade de aglutinação do que a adversária

Postado em: 15-06-2024 às 06h00
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Articuladores de Vanderlan avaliam que ‘melhor cenário’ seria segundo turno com Accorsi
Margem de ‘ganho’ seria minimizada em eventual confronto com outros players | Foto: Reprodução

Os pré-candidatos à prefeitura de Goiânia, especialmente aqueles que não consideram com a possibilidade de recuo, se movimentam de olho no início do período eleitoral que se aproxima. A ideia, nesse momento, é entender quais são as melhores estratégias para ‘chegar lá’. Nesse sentido, alguns estrategistas entendem que o primeiro turno representa, talvez, o principal desafio para determinados pré-candidatos. 

Conforme apurado pela reportagem, é o caso da equipe do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que representa um dos mais fortes nomes na briga pela capital. O entendimento é que se alcançar o segundo turno, o melhor dos cenários seria ir para o enfrentamento da pré-candidata do PT, a deputada federal Adriana Accorsi.

Pensando nisso, a informação é que, estrategicamente, o político tende a não atacá-la durante a campanha. Isso porque, se ambos chegarem lá, como planejado, Vanderlan contaria com um poder de aglutinação muito maior do que o da petista.  

Continua após a publicidade

Atualmente, Vanderlan caminha isolado em Goiânia. Se for ao segundo turno nessas condições significa que, ainda que não tenha partidos e lideranças políticas de peso ao seu lado, tem o que mais importa: votos.

Em um segundo turno protagonizado por ambos, Vanderlan teria não apenas os votos que teve no primeiro, mas também o apoio de uma grande quantidade de siglas que não veem em Adriana a menor possibilidade de composição. 

Já é estimado, inclusive, que Vanderlan teria, nesse contexto, o apoio dos governistas, dos bolsonaristas e de todos os demais que rejeitam o PT ou a esquerda. Por isso, figuras próximas ao senador acreditam que esse seria o melhor dos mundos, haja vista que todos uniriam forças para impedir a ‘turma do pt’. 

A mesma situação, porém, não ocorreria se Vanderlan polarizasse, em um cenário hipotético, com nomes como o de Gustavo Gayer (PL), Rogério Cruz (Solidariedade), Sandro Mabel (UB) ou Matheus Ribeiro (PSDB). 

No entanto, para chegar ao segundo turno, todas as lideranças citadas precisam passar, primeiro, pelo primeiro. E como mostrado pela coluna Xadrez do jornalista Wilson Silvestre, o desafio é grande pois cada um dos favoritos, leia-se Adriana, Gayer e Vanderlan, contam com seus ‘calcanhares de Aquiles’. 

Adriana, como mostrado, não tem experiência administrativa e o histórico do PT como gestor de Goiânia ficou muito aquém das expectativas. Gustavo Gayer não tem a menor ideia sobre a complexidade da gestão pública. É mais um produto midiático como fenômeno, mas também um fiasco, Vanderlan, por enquanto está isolado politicamente e corre o risco de ser um ‘cavalo paraguaio’: tem arrancada, mas sem fôlego para chegada.

Sendo assim, não se pode menosprezar os demais concorrentes. Não há como ignorar o potencial de crescimento de Sandro Mabel. Além de político experiente, empresário de sucesso e liderança classista, tem como aliado, o governador Ronaldo Caiado que conta com aprovação de 80% dos goianos. Um capital político que o goianiense pode levar em conta. Por sua vez, Rogério Cruz mostra que “não está morto politicamente”, como foi alardeado. Tem muitos problemas para resolver, mas também obras a perder de vista para serem entregues e isso tem peso. 

Quanto ao jovem Matheus Ribeiro, do PSDB, ainda é uma promessa e não um fenômeno eleitoral. Mas não há como ignorar que represente uma quebra de paradigma, um rompimento com a velha política. Diante desse quadro, conforme cravado pelo jornalista Wilson Silvestre, pode-se dizer que, “nem sempre o favorito que chega no segundo turno vence a corrida à eleição”.

Veja Também