Vanderlan não vai trocar 2024 por 2026

Há quem especule que político poderia abandonar disputa em Goiânia para compor com o projeto da base governista, encabeçado pelo empresário Sandro Mabel

Postado em: 17-06-2024 às 05h45
Por: Felipe Cardoso
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Há quem especule que político poderia abandonar disputa em Goiânia para compor com o projeto da base governista, encabeçado pelo empresário Sandro Mabel. | Foto: Reprodução

O senador e pré-candidato à prefeitura de Goiânia pelo PSD, Vanderlan Cardoso, na contramão do que tem sido especulado, não deve recuar em seu projeto rumo ao Paço Municipal. 

O político já declarou por reiteradas vezes que tentou uma aproximação com o empresário e pré-candidato do governador Ronaldo Caiado (UB), Sandro Mabel (UB), e que, diante das negativas, decidiu investir em seu objetivo de construir um projeto sólido para Goiânia. 

Em entrevista concedida do jornal O Hoje recentemente, o político declarou, inclusive, que estaria aberto a receber apoio de Mabel e do time governista, que poderiam até conversar nesse sentido, mas descartou qualquer chance de recuo. 

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Cardoso pagou um preço alto pela mudança de discurso em 2020. Acontece que em 2018, quando foi eleito ao senado, disse em entrevista ao jornal O Popular, que seus eleitores poderiam ficar tranquilos, que não deixaria o cargo dois anos depois para concorrer à prefeitura de Goiânia. Depois anos depois, fez o contrário ao mergulhar de cabeça na briga pela capital.

Sagaz que é, a leitura agora é que certamente o senador não cometerá o mesmo erro. Sem contar que o núcleo duro de sua pré-campanha avalia que o político vive, hoje, seu “melhor momento” para buscar o sonho de administrar Goiânia. 

Vanderlan não só tende a continuar no jogo como já estuda movimento estratégicos de olho no início do período eleitoral que se aproxima. A ideia, nesse momento, é entender quais são as melhores estratégias para ‘chegar lá’. Nesse sentido, alguns estrategistas entendem que o primeiro turno representa, talvez, o principal desafio para determinados pré-candidatos. 

Conforme apurado pela reportagem, é o caso da equipe do senador. O entendimento é que se alcançar o segundo turno, o melhor dos cenários seria ir para o enfrentamento da pré-candidata do PT, a deputada federal Adriana Accorsi.

Pensando nisso, a informação é que, estrategicamente, o político tende a não atacá-la durante a campanha. Isso porque, se ambos chegarem lá, como planejado, Vanderlan contaria com um poder de aglutinação muito maior do que o da petista.  

Atualmente, Vanderlan caminha isolado em Goiânia. Se for ao segundo turno nessas condições significa que, ainda que não tenha partidos e lideranças políticas de peso ao seu lado, tem o que mais importa: votos.

Em um segundo turno protagonizado por ambos, Vanderlan teria não apenas os votos que teve no primeiro, mas também o apoio de uma grande quantidade de siglas que não veem em Adriana a menor possibilidade de composição. 

Já é estimado, inclusive, que Vanderlan teria, nesse contexto, o apoio dos governistas, dos bolsonaristas e de todos os demais que rejeitam o PT ou a esquerda. Por isso, figuras próximas ao senador acreditam que esse seria o melhor dos mundos, haja vista que todos uniriam forças para impedir a ‘turma do pt’. 

A mesma situação, porém, não ocorreria se Vanderlan polarizasse, em um cenário hipotético, com nomes como o de Gustavo Gayer (PL), Rogério Cruz (Solidariedade), Sandro Mabel (UB) ou Matheus Ribeiro (PSDB).

Conforme mostrado pelo O Hoje, dois nomes consultados pela reportagem não hesitam em cravar que o senador não só “vem” para a disputa como “vem para dar trabalho”.

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