Governo destina R$ 318 milhões para ações contra desmatamento na Amazônia
Recursos do Fundo Amazônia financiarão centro de inteligência e equipamentos para combater crimes ambientais na região
Por: Vitória Bronzati
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O Governo Federal firmou um contrato de repasse de R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia para o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas), visando intensificar a presença das forças de segurança na Amazônia. O contrato de repasse dos recursos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) foi assinado nesta segunda-feira (17), no Palácio do Planalto.
Os recursos serão direcionados para a criação de um centro de inteligência internacional e a aquisição de equipamentos especializados, como lanchas blindadas, helicópteros, drones e veículos, essenciais para combater atividades ilegais como desmatamento, tráfico de drogas, tráfico de pessoas e garimpo ilegal. O foco principal será o fortalecimento das ações de inteligência, visando desmantelar redes criminosas envolvidas nessas atividades na Amazônia.
Durante o evento, o presidente Lula destacou a necessidade de celeridade na implementação das medidas previstas no plano. “É importante que a gente tenha muita habilidade de fazer isso acontecer rápido. A gente está aprendendo que tudo que é para construir demora muito e tudo que é para destruir acontece rapidamente. Então, é importante que a gente apresse um pouco o processo de construção, com menos reunião, menos burocracia, menos papel e fazer as coisas acontecerem.”
Composição
O comitê gestor do Amas é composto por representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério da Defesa, além de órgãos vinculados como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. O plano prevê ações integradas entre as forças federais e as secretarias de segurança pública dos estados que compõem a Amazônia Legal.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, ressaltou a importância da cooperação internacional. “Só as forças de segurança federais e estaduais e locais não são suficientes para preservar esse patrimônio, que é de toda a humanidade. É preciso, e estamos fazendo, uma forte ação diplomática e uma forte cooperação policial nesse sentido com os estados vizinhos.”
Essa é a primeira fase de um total de três fases do plano, que pretende chegar a R$ 1,2 bilhão. “Combater o desmatamento na Amazônia hoje é combater o crime organizado, o garimpo ilegal, o tráfico, organizações que ou são ilícitas ou estão sempre permeadas pela ilicitude em sistemas econômicos que degradam a região, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.