Peixoto mira vice de Mabel, mas mantém diálogo outros grupos

Presidente da Assembleia lidera grupo que trabalha para ter parceria com nome de Caiado, mas PSB teve conversas com nomes bem posicionados na oposição governista

Postado em: 19-06-2024 às 07h30
Por: Francisco Costa
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Apesar de ficar de fora da disputa como cabeça de chapa, Peixoto pode atuar na indicação de vice para os nomes do União Brasil, PSD ou até PT | Foto: Alego

Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil) se movimenta ativamente de olho nas eleições deste ano, em Goiânia. Apesar de ficar de fora da disputa como cabeça de chapa, ele pode atuar na indicação de vice para os nomes do União Brasil, PSD ou até PT.

Peixoto lidera um grupo composto por PSB, PRD, Agir, Mobiliza e PMB. Inicialmente, esse grupo trabalhou – e trabalha – para indicar o vice do pré-candidato da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o empresário Sandro Mabel (União Brasil). O próprio postulante ao Paço já disse ao Jornal O Hoje da possibilidade.

Inclusive, uma fonte próxima ao presidente da Alego confirmou ao veículo que a preferência de Peixoto é, justamente, indicar o vice de Mabel. “Todos querem que o Bruno participe, mas ele está focado na indicação para o Sandro Mabel”, afirma o interlocutor.

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Contudo, o presidente do PSB metropolitano, o ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira, também confirmou que Bruno e o presidente estadual do PSB, o ex-deputado federal Elias Vaz, conversaram com Vanderlan Cardoso (PSD), também pré-candidato. O ex-parlamentar se desincompatibilizou do cargo de secretário de Esportes e Lazer da Assembleia Legislativa de Goiás no começo do mês para ficar à disposição da legenda. 

E justamente Vinícius pode ser a indicação. “Tenho disposição de ser, mas desde que seja decisão coletiva. Ao descompatibilizar, estou pronto, mas sei que tudo pode acontecer, inclusive nada”, afirmou ao Hoje há alguns dias.

PSB e PT

É preciso dizer, o PSB é aliado nacional do PT. O pessebista Geraldo Alckmin é vice do presidente petista Lula. Nesse sentido, a maior possibilidade é que Vinícius seja indicado para compor com Adriana Accorsi, pré-candidata do partido em Goiânia. 

Em reportagem recente de O Hoje, foi apurado que, embora o martelo ainda não tenha sido batido, petistas garantem que as negociações para uma aliança com o PSB em Goiânia na eleição deste ano estão em ritmo acelerado nos bastidores. A pré-candidata Accorsi disse a pessoas próximas que ficou “bastante animada” após recentes conversas com o presidente do diretório estadual do PSB, Elias Vaz. 

Ela estaria convicta de que será possível reproduzir em Goiânia a mesma aliança vista no governo federal com o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ambos os partidos, porém, só devem selar a possível união no prazo das convenções partidárias, entre julho e agosto. Elias Vaz, em conversa com o veículo, também confirmou que as conversas estão avançadas e faltam apenas detalhes. 

Grupo ou Bruno

A fonte ligada a Bruno, todavia, reforça que, em relação a Vanderlan e Adriana, a indicação seria de Bruno, não do grupo. Peixoto transita bem entre as siglas. Ele tem ajudado o PSB há algum tempo e já estaria de malas prontas para a sigla, esperando apenas a janela partidária.

Em Anápolis, inclusive, ele apoia um nome do PT, o deputado estadual e ex-prefeito Antônio Gomide, que tenta retornar à prefeitura. Peixoto tem trabalhado de forma independente, de olho em 2024, mas com pensamento em 2026.

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