TSE libera o uso de IAs nas eleições e proíbe ‘deepfakes’
Punição é prevista e aviso de IA se usada em propaganda eleitoral é obrigatório.
Por: Yasmin Farias
No mundo todo, pessoas utilizam a inteligência artificial (IA), especialmente durante as eleições, para manipular a opinião pública com vídeos de candidatos em situações polêmicas. No entanto, ainda há chance de fazer bom uso da ferramenta, por exemplo, na identificação de “deepfakes”, uma técnica que permite trocar rostos em fotos e vídeos.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu algumas regras sobre o uso da IA, com possibilidade de cassação de registro e mandatos. É obrigatória a inclusão de avisos sobre a utilização de inteligência artificial na propaganda eleitoral, e não será permitida a criação de vídeos com fake news e deepfakes.
O profissional de marketing político, Djan Hennemann, explica que será uma situação nova. “Por ser a primeira eleição em que o uso vai estar disponível a todos, acredito que será um teste e um evento que vai gerar discussão e jurisprudência para a justiça eleitoral”, argumenta o marketer. Ele ainda conclui que permitirá e usará inteligência artificial, mas proíbe qualquer material com intenção de enganar(deepfakes).
O que são Deepfakes?
De maneira clara, as chamadas deepfakes são vídeos e fotos que as pessoas podem manipular de qualquer forma ao alterá-los. Um exemplo seria quando uma filmagem do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, circulou nas redes, onde ele anunciou rendição às tropas da Rússia. Hackers postaram o vídeo falso no site de uma emissora de notícias local, mas retiraram do ar no mesmo dia. Além deste, há vários outros exemplos desses tipos de vídeos aqui.
Djan esclarece que o atual regramento eleitoral proíbe terminantemente as deepfakes.
O TSE afirma em nota que priorizará o monitoramento, com seus servidores acompanhando a utilização da tecnologia e seu emprego ao redor do mundo.
