Secretário de governo defende as primeiras ações do governador

Ernesto Roller rebateu críticas do deputado federal Daniel Vilela, sobre recentes posicionamentos do governador Ronaldo Caiado

Postado em: 11-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Ernesto Roller rebateu críticas do deputado federal Daniel Vilela, sobre recentes posicionamentos do governador Ronaldo Caiado

Lucas de Godoi*

O secretário de governo, Ernesto Roller (MDB), voltou a defender as primeiras ações do governador Ronaldo Caiado. Ontem, ele afirmou que o Governo tem realizado um diagnóstico minucioso da situação fiscal do Estado e que, enquanto isso, também trabalha para solucionar demandas importantes, como o retorno do pagamento salarial dos servidores para o mês trabalhado a partir de janeiro. Ele também respondeu críticas do deputado federal Daniel Vilela, que concorreu contra Caiado nas eleições do ano passado. 

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Roller disse que diante da atual situação do Estado, discurso de oposição não traz contribuições. O ex-prefeito de Formosa, Ernesto Roller é filiado ao partido de Daniel e durante a campanha, defendeu em conjunto com outros três prefeitos da legenda, a candidatura de Ronaldo Caiado.

“Fiquei estarrecido com a declaração do governador Ronaldo Caiado dizendo que não foi eleito para ser gestor de massa falida. O senhor [Ronaldo Caiado] foi eleito (…) porque disse exatamente que ia ter todas as condições de se fazer uma gestão eficiente e resolver os problemas do Estado. Os órgãos estão parados, sem indicação, cadê seus companheiros qualificados que o senhor dizia?”, questionou o emedebista que alcançou, em outubro do ano passado, 16,14% dos votos válidos na corrida pelo Palácio das Esmeraldas. 

“Em relação ao deputado, o governo vê sua imaturidade política. Parece que não absorveu a derrota no primeiro turno das eleições, vitória maiúscula do governo, e quer criar discurso fácil nesse momento. Estamos falando de 10 dias de governo e claro que os problemas são de gravidade ímpar, nunca vista na realidade política de Goiás”, respondeu.

Sobre a falta de preenchimento de cargos, também questionada por Vilela, o secretário defendeu a postura de preencher as funções do serviço público com critério técnico: “Essa é a clara demonstração de que o governo não esta sendo loteado, o que normalmente acontece”. E completou: “Estamos fazendo um governo voltado para o cidadão, abrindo mão de regalias e privilégios, a exemplo do anúncio feito hoje pelo governador Ronaldo Caiado, no Hospital Materno Infantil, ao doar dois carros de luxo que custam, cada um, mais de 350 mil reais para leilão a fim de custear a manutenção da unidade”.

Folha de pagamento

Caiado já havia informado pelas redes sociais que quitaria a maior parte dos compromissos no próximo dia 25. Ontem o Governo divulgou o cronograma para acerto. O planejamento indica que 80% dos servidores do Executivo receberão nesta data, enquanto que o restante receberá até o dia 30. Para os demais Poderes, de acordo com a Secretaria de Fazenda, o pagamento será até o dia 10 de fevereiro. 

“A preferência foi para o pessoal do Executivo, porque eles foram os mais penalizados pela irresponsabilidade da falta de empenho para pagamento de dezembro”, comentou a secretária de Estado da Fazenda, Cristiane Schmidt sobre a falta de programação financeira da gestão do ex-governador José Eliton (PSDB). 

Sobre a herança da gestão tucana, Ernesto Roller classificou como de uma “gravidade ímpar”. De acordo com ele, existe uma “dívida gigantesca e isso não se resolve, infelizmente, para todos nós, da noite para o dia. É um novo governo que muda a prática política e administrativa no Estado”, disse Roller à imprensa. 

O secretário falou que a equipe está preocupada em pagar os salários de dezembro, já que “o servidor público é um patrimônio do Estado de Goiás, uma peça fundamental na administração pública.”. Segundo ele, “o governador está extremamente angustiado, porque são famílias que dependem disso para suas necessidades mais elementares”. Prova disso é que, de acordo com Roller, o governo tem buscado redução de despesas com funcionários comissionados e com o custeio da máquina pública, além de pleitear ajuda federal para quitar as obrigações no menor tempo possível. (* Especial para O Hoje) 

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