Líderes latino-americanos se pronunciam sobre golpe na Bolívia

"Não permitamos que a vontade do povo seja atropelada. Força, Bolívia"

Postado em: 26-06-2024 às 18h20
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
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Presidentes repudiam Golpe. Foto: Divulgação

Diversos líderes latino-americanosse pronunciam sobre golpe na Bolívia. Os políticos manifestaram repúdio à tentativa de golpe de Estado na Bolívia, expressando apoio ao presidente Luís Arce e à democracia no país.

Em outras palavras, as reações vieram após a mobilização de unidades do Exército boliviano, que invadiram o palácio presidencial em La Paz nesta quarta-feira (26).

Alberto Fernandez, ex-presidente da Argentina

Inicialmente, o ex-presidente argentino Alberto Fernandez classificou o levante como “antidemocrático” e declarou seu “mais enérgico repúdio”. Em suas redes sociais, Fernandez expressou apoio incondicional ao presidente boliviano e convocou a defesa firme da democracia. “Não permitamos que a vontade do povo seja atropelada. Força, Bolívia”, disse Fernandez.

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Yvan Gil, ministro das Relações Exteriores da Venezuela

Bem como, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, também rejeitou categoricamente a tentativa de golpe. Gil afirmou que a Venezuela oferece “absoluto apoio ao governo e ao povo boliviano nas ações de mobilização que derrotarão essa traição”. Ele condenou as práticas fascistas dos grupos envolvidos na tentativa de distorcer a vontade popular.

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México

Além disso, O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador condenou veementemente a situação na Bolívia. Em comunicado, López Obrador expressou total apoio ao presidente Luís Arce, destacando-o como a “autêntica autoridade democrática” da Bolívia.

Bruno Rodríguez, chanceler de Cuba

Do mesmo modo, o chanceler cubano Bruno Rodríguez considerou muito preocupantes as mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano. Rodríguez rejeitou veementemente esses atos e expressou solidariedade ao presidente Arce. Em suas declarações, enfatizou a importância da estabilidade democrática na Bolívia.

Reações Internas na Bolívia

No cenário interno, o presidente Luís Arce denunciou as mobilizações irregulares e pediu respeito à democracia. O vice-presidente David Choquehuanca alertou a comunidade internacional sobre o golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito.

Ao mesmo tempo, o ex-presidente Evo Morales convocou uma mobilização nacional em defesa da democracia. Morales acusou o general Juan José Zuñiga, ex-comandante do Exército, de estar por trás do golpe. “Não permitiremos que as Forças Armadas violentem a democracia e amedrontem o povo”, afirmou Morales.

Por fim, a situação na Bolívia continua a evoluir, com líderes internacionais e locais observando atentamente os desdobramentos. Ao mesmo tempo, o Brasil, por meio do presidente Lula e do Itamaraty, monitora os eventos e busca informações adicionais antes de tomar uma posição oficial.

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